Mais do mesmo
16/8/7
Mais uma vez, sigo na mesma e habitual rotina do cotidiano diário... Às vezes com uma cor ou um cheiro diferente, mas essencialmente com as mesmas atribuições, mesmos problemas, mesmas pendências e até mesmo, as mesmas incertezas. Sempre, inexoravelmente, lamentavelmente, mais do mesmo. Ou menos. Mas mesmo assim, do mesmo tipo e na mesma forma.
Uma vez, duas vezes, ou até mesmo aproximadamente duzentas e trinta e sete vezes na mesma mesmice (isso se o camarada for mesmo guerreiro), tudo bem. Não realmente bem mesmo, mas mesmo assim aceitável. Mas a partir daí mesmo, ou até mesmo antes, o mesmo cansa. E acredite: Cansa mesmo...
Mesmo que as mesmas coisas sejam, por um lado, interessantes, o mesmo aborrece.
E pra piorar mesmo, por definição, o mesmo é infinito. Sempre haverá mais do mesmo. Ou da mesma. Varia o gênero, o número ou até mesmo o grau, mas no fundo, bem lá no fundo mesmo, trata-se do mesmo.
Muitas vezes, até mesmo o que não parece o mesmo, acaba mesmo revelando-se o mesmo. E vice-versa.
As mesmas chateações, as mesmas alegrias, os mesmos caminhos... Não apenas os de ida, mas até mesmo os de volta.
O mundo, desde o curto período que o conheço, ainda é o mesmo. Mesmo que com um ou outro detalhe que eu mesmo não havia percebido outrora, mas que da mesma forma já existiam mesmo. Afinal de contas, dá na mesma: Pois mesmo assim eram os mesmos detalhes. Eu é que não havia notado mesmo.
E assim mesmo, acaba-se insistindo na mesma e no mesmo. Mesmo os mais aptos, acabam mesmo, mesmo que com alguma mudança (mesmo sutil), continuando na mesma.
Eu mesmo, mesmo sabendo que essas divagações não levam mesmo a lugar nenhum, mesmo assim, ensimesmo-me e peço mais uma cerveja.
Como assim, qual? Da mesma, oras!