A MARIPOSA LIBERTADA

A mariposa entrou no banheiro, caiu no vaso e estava se afogando. Suas asas batiam desesperadas desejando que fossem barbatanas. Talvez em uma outra vida, ela renascesse peixe, nessa, estava condenada a morrer na minha privada, afinal, eu tinha mais o que fazer do que enfiar a minha mão naquela água só para salvar uma mariposa desesperada.

Mas o maldito coração, tomou de conta da razão e a retirei da tão fadada jornada. Gentilmente, a levei até a janela, me perguntando se ela teria forças para voar; ela teve e se foi pelo ar, batendo as asas, fingindo que era passarinho.

Contente, fui me inundando desse sentimento de gente orgulhosa por ter feito uma boa obra, uma pequena grande ação; contudo a imagem do espelho refletia a minha alma que dizia: você não fez mais que a sua obrigação.

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