Um "sem-milagre"
Já pensou viver uma vida sem milagres? Isso mesmo, viver a vida no ordinário, nada de extra(ordinário) e ao mesmo tempo ser um crente fiel, apaixonado por Deus? Eu conheci um crente assim, do tipo “sem-milagre” Ele não possuía casa, roupas de grife e vivia numa dieta alimentar esquisita, ora comia um inseto, ora comia o que outro inseto produzia. Arghh...
Esse crente sem-milagre, sem-grife, sem-churrasco, sem-feijoada, era também sem-certeza. Conquanto fosse reputada como uma pessoa de muita fé, vivia cheio de dúvidas. Duvidas? Sim, Ele fazia perguntas elementares, como, por exemplo: um dia ele mandou perguntar a Jesus se Ele era Ele mesmo. “Ei Jesus, Tu é tu mesmo?” Imagina!
Sabe o que aconteceu com ele? De tanto pregar e se indignar com o mal acabou preso e tento sua cabeça cortada.
Acho que você já sabe de quem estou falando. Estou me referindo aquele que Jesus qualificou como o maior nascido de mulher. Impressionante como o amor de João Batista por Deus não tinha nada a ver com uma vida nababesca que tantos procuram hoje. Ele não se interessava por coisas que reputamos imprescindíveis para nossa sobrevivência, mas que são de uma efemeridade repugnante. Impressionante saber que o maior nascido de mulher não tinha receio de mostrar sua fragilidade na fé e ficar fazendo perguntas básicas ao Mestre.
Se João Batista foi o maior nascido de mulher sendo tão humano, tão simples e ordinário, como Jesus qualificaria os que se vestem com roupas finas, comem banquetes de reis, vivem neuroticamente a busca de milagres e cuja fé não admite uma única dúvida?