"Hour Concurs"
Rosa Pena
Querer o extraordinário eu sempre quero! Acontecer? Acontece poucas vezes, por isso tem o extra antes e vira alvo de sonhos e desejos. Não pensem em algo gigante ou revolucionário, como sair na foto com o Brad Pitt, ser musa do Paul McCartney , ir para academia junto com o Paulo Coelho (esse é extra?), ganhar na mega.
Algo extraordinário pode ser uma bijuteria pro outros, que vejo como brilhante. Extra e exclusivo em meu coração, assim como um filho que nasce, para a mãe é melhor que a sinfonia de Beethoven, pro resto apenas mais um pagode feito na esquina. Eu adoro o impacto do súbito, bala perdida de afeto, caramelo que atrai o dente e deixa a gente de queixo caído, feliz com a vida bobagem, que me leva a tocar sax ao volante, ouvir trombetas de anjos, sorrir pro custo de vida, beber água sem sede, ver TV de olhos fechados, comer manga com leite sem medo, esquecer aberta a porta da geladeira, dar um abraço no síndico mala, colocar a calcinha do avesso, não achar o óbvio ululante, aceitar como novidade a conversa irritante do Galvão Bueno, dar quatro estrelas pro filme comum. Eu adoro mais ainda, quando essa coisa extra-extra é totalmente sigilosa, pois para muitos vira esclerose e essa me dá permissão para mudar o enredo do todo dia, colocar trilha sonora no arroz com feijão. Este estado extragostoso é gasoso, algumas vezes pode ser breve, sólido e perene é pedra, eterna solitária, polida e coberta com as heras melancólicas do passado.
O extra é concha achada na praia (aquela que fica guardada na alegria), drops de menta no cinema, orégano na pizza, leve e cheio de gás; eu disse gasoso, esqueci do entrando em ebulição. Vale o Oscar de melhor roteiro no tempero da vida, até porque não é o Spielberg com quatro horas de duração que faz nascer cereja no meu bombom. Woody Allen nas fitas curtas vira caixas da kopenhagen. Não me pergunte o nome exato dessa coisa maravilhosa, nem como acontece, pois ela tem a exatidão inexata da mágica que não se sabe direito o segredo. É como o dia que nasce e a gente pensa que foi a noite que começou. Relâmpago sem previsão.
Tente ver estrelinhas nas minhas entrelinhas. Enxergou? Então aproveita essa minha fantasia e cria o seu “ó abre alas”, saia direto da linha. Crie um novo enredo, evolua sem medo, desbanca o Joãozinho Trinta. Dou a maior força, pois no momento não estou concorrendo. Meu coração está "Hour Concurs".
Rosa Pena
Querer o extraordinário eu sempre quero! Acontecer? Acontece poucas vezes, por isso tem o extra antes e vira alvo de sonhos e desejos. Não pensem em algo gigante ou revolucionário, como sair na foto com o Brad Pitt, ser musa do Paul McCartney , ir para academia junto com o Paulo Coelho (esse é extra?), ganhar na mega.
Algo extraordinário pode ser uma bijuteria pro outros, que vejo como brilhante. Extra e exclusivo em meu coração, assim como um filho que nasce, para a mãe é melhor que a sinfonia de Beethoven, pro resto apenas mais um pagode feito na esquina. Eu adoro o impacto do súbito, bala perdida de afeto, caramelo que atrai o dente e deixa a gente de queixo caído, feliz com a vida bobagem, que me leva a tocar sax ao volante, ouvir trombetas de anjos, sorrir pro custo de vida, beber água sem sede, ver TV de olhos fechados, comer manga com leite sem medo, esquecer aberta a porta da geladeira, dar um abraço no síndico mala, colocar a calcinha do avesso, não achar o óbvio ululante, aceitar como novidade a conversa irritante do Galvão Bueno, dar quatro estrelas pro filme comum. Eu adoro mais ainda, quando essa coisa extra-extra é totalmente sigilosa, pois para muitos vira esclerose e essa me dá permissão para mudar o enredo do todo dia, colocar trilha sonora no arroz com feijão. Este estado extragostoso é gasoso, algumas vezes pode ser breve, sólido e perene é pedra, eterna solitária, polida e coberta com as heras melancólicas do passado.
O extra é concha achada na praia (aquela que fica guardada na alegria), drops de menta no cinema, orégano na pizza, leve e cheio de gás; eu disse gasoso, esqueci do entrando em ebulição. Vale o Oscar de melhor roteiro no tempero da vida, até porque não é o Spielberg com quatro horas de duração que faz nascer cereja no meu bombom. Woody Allen nas fitas curtas vira caixas da kopenhagen. Não me pergunte o nome exato dessa coisa maravilhosa, nem como acontece, pois ela tem a exatidão inexata da mágica que não se sabe direito o segredo. É como o dia que nasce e a gente pensa que foi a noite que começou. Relâmpago sem previsão.
Tente ver estrelinhas nas minhas entrelinhas. Enxergou? Então aproveita essa minha fantasia e cria o seu “ó abre alas”, saia direto da linha. Crie um novo enredo, evolua sem medo, desbanca o Joãozinho Trinta. Dou a maior força, pois no momento não estou concorrendo. Meu coração está "Hour Concurs".