Gladiadores

Eu sei, é um título um tanto estranho para uma coluna de crônicas. Andei pensando em vários temas e associações, de desenhos animados a crítica de filmes... Nem vou mencionar o Oscar. Aliás, falando em filmes, um título marcante passou pela minha cabeça... Gladiador. Sou suspeito pra falar, pois quem me conhece sabe que sou um aficionado por história medieval. Foi uma época mágica, onde sem dúvidas também existia corrupção e tantas outras coisas parecidas com o que temos hoje. Quando tratamos dessa época muitas pessoas logo associam à magia e a tantas outras coisas fantasiosas, tais que, não condizem com realidade medievo. Sendo assim, indo um pouco mais a frente no tempo... Imaginem: Centenas de pessoas sedentas por sangue clamando por massacre, sangue e destruição. Um cenário totalmente rudimentar movido á violência e a gritos. Pedra sobre pedra constituíam a arena e corpos sobre corpos ilustravam a situação. Guerreiros com espadas em punho e medo no coração faziam o “espetáculo” se desenrolar, não tendo direito a nada além de matar. Vocês podem pensar que estou dramatizando, mas essa cena descrita nada mais era do que os gladiadores em suas batalhas sangrentas no grande Coliseu. Eu juro que não consigo imaginar o que se passava na cabeça dos combatentes. Como de costume sempre tem umas “figuras” que chegam a comparar a emoção dessas batalhas a um jogo de futebol, mas como nem tudo é perfeito é melhor ouvir isso do que ser surdo. Agora, vocês devem estar se perguntando onde irei chegar com isso tudo... Espadas, escudos, sangue, gritos e Coliseu. Nessa época prevalecia a política do “pão e circo”. Na verdade eu penso que... Ops! Para os que não sabem o que era “pão e circo” lá vai : Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos, alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios, onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta. È meus caros amigos acabamos de constatar que o desemprego não é atual e nem a desigualdade. Vale lembrar o mais importante disso tudo... Com um simples sinal com o polegar os governantes decidiam quem morria e quem vivia nas arenas. Estamos aí, na arena da vida batalhando pelo que queremos e almejamos, mesmo que hoje só tenhamos “pão e circo”. Agora eu pergunto: Atualmente as coisas são tão diferentes? Ai, ai... Em pensar que enquanto nossos “governantes” fazem sinal de positivo para alianças com outros e nossas vidas ficam a mercê do mesmo polegar, que muitas vezes se cansa e abaixa.

"Em tempos de paz, os filhos sepultam os pais; em tempo de guerra, os pais sepultam os filhos." (Herodes)

Diegus
Enviado por Diegus em 20/08/2008
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