Apenas Viva!

Ande descalço pela rua de sua casa

Seja cordial com as pessoas pelo caminho

Olhe para o céu, e admire as estrelas

Pense nas pessoas com quem você gostaria de dividi-las

Admire a Lua, mesmo quando ela não estiver cheia

E agradeça pelo Sol, que te ilumina por detrás das nuvens

Nos dias chuvosos, não pragueje, tente só

Ouvir o tilintar das gotas no telhado

Ver os pardais se banhando em alguma poça

E agradecer pelo banho de vida que a Terra recebeu

Quando estiver cercado de problemas

Pare alguns minutos, e dedique-se a um livro

Nada é eterno, e tudo pode ser pior do que é

Esbanje sorrisos pra quem te faz feliz

Porque não fazer com que se sintam como te fazem sentir?

Diga que ama, sem querer ouvir um – Eu também,

Que às vezes pode nem ser tão sincero,

Palavras vomitadas são mais abomináveis que o silêncio

Sinta uma pontinha de ciúmes, mas não a ponto de adoecer

Pois o ciúme não fará ninguém fiel a você

Confie, incondicionalmente, naquela pessoa que te faz perder o sono

E só desconfie dela, se souber que está enganado

E que mais tarde vocês rirão disso juntos

Mostre aos seus pais como são importantes

Não precisa de muito, agradeça só pela vida

Diga a eles o quanto aprendeu com a vida que te deram

E como ensinarão tudo aos seus filhos

Como as broncas lapidaram seu caráter

E até aquelas bofetadas, que te ensinaram a aceitar um não

Diga a eles que tem orgulho, por ser um pedaço de cada um

Diga a seus avós quantos sonhos eles te venderam

Pelo simples preço de um pijama, de um presente

Ou de um afago quando os pais estavam trabalhando

Diga a eles, que sente falta das conversas na janela

E das sobremesas que faziam juntos no domingo

Das férias em que eles te deixaram se sujar

E correr pela rua, sem hora pra voltar

Esperando-te com o mesmo sorriso aberto

Como se você sequer houvesse saído de casa

Diga a seus irmãos o quanto aprendeu com eles

Até com as pirraças que faziam, pra conseguir qualquer coisa

Mostre como gostou de ensinar-lhes algumas coisas

E que sente falta das brincadeiras inocentes

E até naquelas em que corria pelo bairro

E em que vocês queriam estar sempre no mesmo time

Mostre a seus amigos, quantos problemas sem solução, eles te ajudaram a resolver

E quantos você enfrentaria, para ajuda-los também

Quantos conselhos você deu a eles, e acabou tomando pra si mesmo

Quantas vezes sentiu um beliscão da inveja, porque eles se deram bem

E mesmo assim, foi a inveja mais feliz que você já experimentou

Quantas vezes você sorriu das piadas que eles contavam, só para não os deixar sem graça

E quantas risadas foram sinceras, sem motivo, só por eles

Mostre a vida, que todo o dia, vale a pena você estar vivo

Mesmo que não seja aqui, mesmo que não seja assim

O seu viver, é você quem faz

O seu amor é você quem vive

A única coisa que não se pode fazer é viver sozinho

Precisamos de algo, ou alguém, para amar

Precisamos de algo ou alguém, para tomarmos como exemplo

Precisamos de algo ou alguém, que nos ensine o que jamais aprenderíamos sozinhos

Espero que você, em cada fração de segundos, sinta o gosto e o cheiro da vida, lhe invadindo.

E quando não os sentir, não se contente com a vida inodora e insípida.

Corra atrás da vida, pois ela vive correndo atrás de você...

N.A Dedico esse texto a meus pais – Eliete e Edmilson; à minha avó – Glória; à minha irmã – Stéphanie e a meus amigos; que graças a Deus são tantos, que não poderei citar um por um.

Porque quando precisei de alguém para amar, quando precisei de alguém para tomar como exemplo e quando precisei de alguém que me ensinasse o que jamais aprenderia sozinho, foram vocês que estiveram a meu lado.

Hoje, eu existo e melhor que isso, vivo, por cada um de vocês.