Exercício de humildade
Exercício de humildade
Em nossa vida cotidiana temos várias situações onde são exigidas altas doses de força e persistência. Ao encararmos uma doença na família, uma viagem, uma morte de um amigo ou ente querido. Somos diariamente exigidos em nossas capacidades.
Também vemos alguns fatos onde a força e a persistência são muito exigidas, mas e quando tudo isso nos passa de forma exacerbada?
Vejamos um tema atual, as olimpíadas na China (na China? Sim, na China, fato impensado há uns anos). Como absorver, como entender, como aprender com tantos anos de treinos e ao final, não conseguir fazer o que sempre se fez de maneira “perfeita”?
Um fato nos chamou a atenção em especial: o ginasta Diego Hipólito, passou 8 anos treinando para se apresentar nesta olimpíada, pois em Atenas, a seleção brasileira não foi classificada e ele não teve patrocínio pra viajar sozinho à Grécia.
Passados estes anos e com vasta experiência, 2 dias antes da grande apresentação, ele diz ao país que dará sua primeira medalha de ouro olímpica na modalidade. Fato inédito para o Brasil. Esperamos. O que aconteceu dois dias depois? Um ginasta descontrolado e pasmo com seus ínfimos resultados apareceu diante das câmeras de tv do mundo inteiro! Mas, o que ele disse ao país desta vez? “ ...como pude errar?!! Sempre faço e acerto??!!...”
A incredulidade dele chamou mais atenção que a sua linda apresentação. O que para nós seria uma situação de “ tudo bem, deixa para a próxima” , para ele foi como se houvessem forças dos “deuses do olimpo” torcendo contra.
A incredulidade dele nos chama a atenção e preocupa a educadores e profissionais do esporte. Grandes clubes como o Flamengo e o Vasco no Brasil; Lisboa e Porto em Portugal; Zaragoza e Málaga na Espanha, Liverpool e Londres na Inglaterra, vão fazer trabalhos com Psicólogos do esporte. Os atletas, como simples mortais que são, precisam aprender a “exercitar a humildade” nos erros e falhas cometidas, e não só cuidar das contusões nos músculos e ossos.
Ao exercitarmos a nossa humildade e aceitarmos nossos erros diante dos fracassos, seremos pessoas melhores, e ai sim, mais dignas de aplausos, olímpicos ou não!