"Meus Recordes Olímpicos" =Crônica/ Humor=
Estou ficando esgotado. Meu preparo físico não é suficiente para ver os tais Jogos Olímpicos por muito tempo. Só de ver aquele pessoal correndo, nadando, pulando, se ralando, encestando, rodopiando, vai me batendo um cansaço, uma falta de fôlego que vou te contar...
Acabei foi me contaminando com esse negócio de bater recordes. Tenho caprichado nos meus nestes últimos dias. Melhorei tremendamente meu tempo para começar a cochilar profundamente na poltrona do papai (que aqui em casa é também da mamãe, da vovó, e da Tuca, a cadela, quando está vaga). Agora consigo dormir profundamente em menos de 1 minuto. Meu recorde anterior eram vergonhosos dois minutos, às vezes até dois minutos e meio. Maior vexame.
O halterocopismo não tem muito efeito sobre meu físico. Culpa minha. Há muitos e muitos anos deixei a cerveja apenas para as sextas-feiras e sábados à noite. Mesmo assim o pratico com facilidade. Não perdi o jeito.
Comprei uma bicicleta pra ver se emagrecia e perdia barriga. Aumentei as panturrilhas, mas a barriga nem percebeu as pedaladas diárias. Continua firme e forte a disgramada.
Na natação vou indo bem. Isso é, quando o bom tempo permite que eu và à praia. Vou andando mar adentro até a altura do pescoço e depois volto boiando. Chego a fazer cem metros em menos de vinte minutos.
Agora, pra andar eu sou bom. Bom mesmo. Ando mais que carteiro na época de Natal. E geralmente mais do que queria porque consigo perder o caminho de casa todas as vezes. Nasci com um tremendo senso de desorientação.
Levantamento de cigarros. Esse me dá tristeza...continuo uma besta imbatível na categoria...
Digitação. Nessa categoria, modéstia mais que à parte, eu concorreria e iria atrás da medalha de ouro. Há momentos em que me sinto um pianista tocando alguma coisa rápida em seu instrumento. Mas não posso olhar para o teclado. Se olhar, erro direto por não estar acostumado a vê-lo. Pô, meu...em alguma coisa da vida a gente tem que se achar bom. Nem que seja só a gente...