O Ontem, O Hoje e o Infinito Fim... Uma Sátira à Civilização Humana!

O raiar de cada dia nos anima para uma nova caminhada. Os pés cansados... as mãos calejadas... os rostos enrugados... são os visíveis sinais do “pé no chão”, do “pé no dia-a-dia”, do “pé na vida”.

Ser errante é encontrar divindade no alvorecer. É na estrada afora que somos capazes de acordar a natureza que repousa entristecida por causa da crueldade da civilização humana, que não abre caminhos, mas, promove o vácuo para o “desenvolvimento” imergir e desfazer o mistério da vida.

Falar de caminhos, talvez, seria falar do amanhã. Do amanhã incerto... Do amanhã de mais um progresso... Do amanhã solidário ao genocídio institucionalizado que, sutilmente, é proliferado à futuras gerações...

Queria falar do amanhã!!! Mas, do amanhã desrelativizado , sem realizar utopia, porque ela seria o cotidiano – a Revolução.

Queria falar do amanhã-ontem, do amanhã-hoje, do amanhã-agora. O amanhã-amanhã é infinito... todos esperam... nunca chega... Mas, tem fim, causa um fim.

O amanhã-amanhã ou simplesmente “o amanhã” é o entrave das utopias de uma nova globalização da solidariedade, onde as crianças, jovens, idosos... (todos os povos) não precisariam de assistencialismo, nem de ajuda por ser cúmplices mútuos da eco-humanidade.

Mas, nem todo amanhã é incerto... a “utopia da libertação” torna nosso amanhã “agora”, sem imediatismo e com caminhos diversos e adversos, infinitos e utópicos, verdes e cristalinos, com horizontes para raiar e esconder a lua e o sol.

E... Infelizmente! Amanhã é infinito e promove o fim gradativo do cosmo, roubando nossa respiração, privando nossa liberdade de flutuar nos leitos límpidos, substituindo nossa digestão...

Amanhã... Infinito fim!

Enquanto isso... caminheiras, caminheiros errantes sofridas e sofridos...

Sonhemos!

Escrito em algum dia, na ACEAI, em Ilhéus/BA, indignando a falta de indignações da humanidade.

Jorge Axe - Um louco sonhador

Jorge Axé
Enviado por Jorge Axé em 16/08/2008
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