A terra do nunca

Continuando a nossa sucessão de estórias infantis, posso dizer que no auge dos meus 11 anos escutei outra historinha. Pais são demasiadamente engraçados né? Pois é, afirmo isso porque quando me contou essa fábula, papai queria que eu me assemelhasse ao personagem principal... Peter Pan, o garoto que nunca crescia. Ele e seus amigos moravam em uma ilha chamada Terra do nunca, onde quem lá morasse nunca cresceria. Tá certo que hoje em dia, a psicologia já tratou de criar uma “síndrome do Peter Pan”, em que o adulto afetado não quer assumir responsabilidades e agir conforme sua idade. Enfim, mas como não sou escritor da revista “Época”, não pretendo tratar desse tema... A menos que me paguem bem. O fato de não crescer, se levado ao pé da letra, não me incomoda, afinal minha namorada tem 1,60 metros (Tomara que ela não leia isso). Bom, a verdade é que contos na versão Walt Disney são perfeitos demais... Tanto que até irritam. È claro que são praticamente musicais da Broadway, já que em todos os filmes os personagens cantam, muito bem por sinal! Onde já se viu? No filme Cinderela, por exemplo, a “gata borralheira” canta mais que a Elis Regina! É... Ainda vou escrever uma crônica sobre um programa ídolos num conto de fadas. Aliás, acabei de descobrir porque eu nunca “fechava” minhas redações no colegial. Fuga ao tema. A professora sempre vinha até mim com essa justificativa. Agora sei o motivo. Sem mais delongas, voltemos ao tema central. Por que terra do nunca? Simplesmente, porque vivemos em busca dela. Chamo de Terra do nunca, pois ela nunca vai existir. Pelo menos não enquanto nossos governantes continuarem a agir dessa maneira corrupta. Eu sei... Eu sei, é um tema clichê. Mas o pior de tudo é que mesmo sendo repetitivo, ninguém toma uma posição quanto a isso. Culpa de quem? Nossa culpa! Culpa dos que sempre votam no mesmo corrupto, dos que não inovam na fé política e dos que fingem querer um mundo sem desigualdade. Utopia? Sim... Mas nesse sonho utópico só queria que a “Bela adormecida” acordasse. Enquanto vocês pensam: “Lá vem esse cara de novo com analogias...”. Desculpem - me, mas essa outra fábula fica pra outra crônica. A concorrente da Walt Disney que o diga: Por hoje é só, pessoal.

Diegus
Enviado por Diegus em 13/08/2008
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