A gente se adapta!
Na nossa cidade já estamos acostumados. Já sabemos onde estão os buracos, os semáforos com os lavadores de pára-brisas mais ou menos suspeitos, os bairros onde não podemos abrir as janelas do carro (ou andar a pé menos atentos). Já sabemos quais artérias que entopem nos horários de pico etc. Numa outra cidade brasileira, no mínimo, de mesmo porte que venhamos a visitar temos sempre a sensação confusa de vermos todos esses elementos “fora de ordem”. Claro que fora de ordem está a nossa cabeça que não aceita aquela bagunça assim, desarrumada. É a síndrome do “caos caótico” que nos acomete! Enquanto isso, os “nativos” passam tranqüilos e rápidos sem se importarem com aqueles seus (nossos) obstáculos. O jeito então é curtir as atrações daquela cidade e saber que nos adaptaríamos a ela com um pouco mais de tempo que ficássemos por lá. Isso é mais uma demonstração de nossa capacidade de adaptação. Nunca fui à Europa, mas pelo que escuto de quem já passeou por ruas de cidades do primeiro mundo, parece haver um misto de admiração e desprezo por tanta ordem. É isso mesmo! E nós aqui, nos adaptando.