Terra de Ninguém
Atenção amanhã pode ser você
Rosa Pena
Ontem recebi um e-mail de uma amiga, avisando-me que comprou uma revista em São Paulo e nela encontrou uma crônica de minha autoria. Fiquei surpresa e fui averiguar.
Pedi a um amigo paulista que comprasse a revista e me enviasse. Nem precisava, pois aqui no Rio De Janeiro tem a bendita e eu gastei três reais e noventa centavos para me ler.
Sim! É exatamente isso. Gastei, dei lucro à jornalista Rosana Braga com meu texto.Ela vem publicando uma série de revistas com o material que encontra no mundo virtual com ou sem autoria e publica pela editora Minuano. No meu caso pelo menos, consta minha autoria. Aleluia! Liguei para casa dela hoje bem cedinho. O mínimo que eu podia fazer era acordá-la e soltar meus cachorros. Fui atendida por uma voz educada e ela reconheceu que me publicou sem meu consentimento e que publica o que acha interessante do virtualismo com ou sem autoria. Acha normal. Terra de Ninguém! Não contava que esta minha crônica estivesse em meu livro PreTextos e devidamente registrada na Biblioteca Nacional.Uma escritora virtual com registro na Biblioteca Nacional????!!!!!!!!Que isso! Fala sério!
Onde quero chegar? Tenham certeza que não é divulgar-me, nem divulgar a Rosana Braga.
Isto é um alerta sobre a Terra de Ninguém, quem dera fosse a Terra do Nunca, pelo menos criança engole sapo e ainda acha graça.
O escritor virtual é visto como um ninguém. A pessoa física dele é virtual? As contas dele são virtuais?A criatividade é virtual ? “Com certeza”. A doença é virtual? A conta do médico é virtual? Enfim se não existimos, porque se não pagamos a luz ela é cortada no final do mês de forma real?
Vou escrever para o Presidente da República, que não é virtual??!!! Meu voto foi real. Pedirei que me envie um imposto de renda virtual.Enquanto aguardo a resposta vou negociar com a jornalista que não é virtual, para receber meus direitos autorais em forma de papel espécie, pois gifs ainda não são aceitas em supermercados.
Rosa Pena um ser virtual que está com dor de corno real.
2004
Atenção amanhã pode ser você
Rosa Pena
Ontem recebi um e-mail de uma amiga, avisando-me que comprou uma revista em São Paulo e nela encontrou uma crônica de minha autoria. Fiquei surpresa e fui averiguar.
Pedi a um amigo paulista que comprasse a revista e me enviasse. Nem precisava, pois aqui no Rio De Janeiro tem a bendita e eu gastei três reais e noventa centavos para me ler.
Sim! É exatamente isso. Gastei, dei lucro à jornalista Rosana Braga com meu texto.Ela vem publicando uma série de revistas com o material que encontra no mundo virtual com ou sem autoria e publica pela editora Minuano. No meu caso pelo menos, consta minha autoria. Aleluia! Liguei para casa dela hoje bem cedinho. O mínimo que eu podia fazer era acordá-la e soltar meus cachorros. Fui atendida por uma voz educada e ela reconheceu que me publicou sem meu consentimento e que publica o que acha interessante do virtualismo com ou sem autoria. Acha normal. Terra de Ninguém! Não contava que esta minha crônica estivesse em meu livro PreTextos e devidamente registrada na Biblioteca Nacional.Uma escritora virtual com registro na Biblioteca Nacional????!!!!!!!!Que isso! Fala sério!
Onde quero chegar? Tenham certeza que não é divulgar-me, nem divulgar a Rosana Braga.
Isto é um alerta sobre a Terra de Ninguém, quem dera fosse a Terra do Nunca, pelo menos criança engole sapo e ainda acha graça.
O escritor virtual é visto como um ninguém. A pessoa física dele é virtual? As contas dele são virtuais?A criatividade é virtual ? “Com certeza”. A doença é virtual? A conta do médico é virtual? Enfim se não existimos, porque se não pagamos a luz ela é cortada no final do mês de forma real?
Vou escrever para o Presidente da República, que não é virtual??!!! Meu voto foi real. Pedirei que me envie um imposto de renda virtual.Enquanto aguardo a resposta vou negociar com a jornalista que não é virtual, para receber meus direitos autorais em forma de papel espécie, pois gifs ainda não são aceitas em supermercados.
Rosa Pena um ser virtual que está com dor de corno real.
2004