O Amor e a patologia
O amor. Ah! O amor. Arrebatamento que aquece, dá forças para o impossível, que leva às lágrimas. Sentimento maior, sentido da vida desde o início dos tempos. O amor não impõe, não discrimina nem domina; O amor é sentimento, portanto, acontece de dentro para fora. É cultivado, cuidado. Ao contrário do que se diz e se age por aí, o amor não pode ser destruído depois que nasce, depois que acontece. O amor não admite, pois, o desamor. Podemos estar longe de quem amamos, mas, se amamos de fato o amor permanece intenso e fazendo arte dentro de nós.E somos tão contraditórios quanto a esse sentimento sublime. Passa-se num instante do amor ao ódio ou à indiferença; agride-se a pessoa amada . Como podemos agredir quem amamos, se quem amamos é o objeto maior desse sentimento? Por que fazemos sofrer quem amamos? Por que matamos, por que mutilamos? simplesmente porque tornamos o amor algo tátil, manipulável. Um objeto. Nada disso é amor. Tudo isso é patologia, doença. A patologia é densa, o amor é etéreo O Amor não é um sintoma é, simplesmente. Eu disse que não é possível deixar de amar e, reafirmo. O amor é a essência da vida, logo, o Amor é Deus., energia, brilho, luz, Quem, crente convicto na existência do Amor ousaria desamar a Deus? Quem ousaria passar do amor sublime ao ódio irracional como quem dobra uma esquina?