Cadê a luz?!

A poucos instantes eu estava no escuro... caiu as chaves do transformador aqui do bairro, a luz piscou algumas vezes e se foi!!

Acabou meu sossego também! Sem computador, sem TV, sem som. Puxa...comecei a pensar demais, comecei a repensar a vida.

Bastaram algumas horas de silêncio e escuridão para que a minha conversa e encontro interno se intensificassem notadamente.

Meus pais foram dormir e eu fiquei na sala, iluminada por uma singela vela que de singela não tem nada!

Eu nunca tinha reparado o quanto é linda e efêmera a chama de uma vela. Comparei essa chama com a própria existência humana, pois somos aparentemente tão frágeis como uma simples vela, e, ao mesmo tempo, somos tão fortes, capazes de propagar luz (aquela que vem da alma e contagia a todos) por onde andarmos.

Por mais escuro que seja o trajeto pelo qual teremos que passar, se acreditarmos na força da vida, certamente os obstáculos servirão de aprendizagem e trarão muitas experiências gratificantes no decorrer do caminho.

E então, duas horas após muita escuridão e conversas internas, eis que a luz retornou. Ficaram as reflexões, as conclusões não concluídas. Na próxima falta de energia elétrica o bate-papo interno continua!

Lígia Pinto Rosso
Enviado por Lígia Pinto Rosso em 04/08/2008
Código do texto: T1111767
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.