De Freiras a Prostitutas, todas são iguais e tem direito a luta
Vocês devem achar estranho, um homem tentar em texto dialogar sobre movimento feminista e as relações entre os seres humanos. É importante fazer esta discussão entendendo que não é apenas o terrível habito machista que faz um ponto de barreira das lutas feministas mas também o sistema capitalista.
A mulher oriunda da burguesia, torna-se cruel quando faz de outra mulher sua empregada doméstica, quando a explora pagando baixos salários a troco de uma função qual esta mesma poderia exercer. Quando a indústria de cosméticos demarca o certo e o errado, fazendo padrões de mulheres gerando desigualdades, como se uma mulher obesa não tivesse valor dentro de um padrão de mercado ou modelo sexual.
Até mesmo aquelas mulheres, que em um contexto de moral positivista, se dessem no direito de falar que a atitude de outra mulher em relação aos seus desejos estivesse errada, que fosse mais ou menos vulgar de acordo com um comportamento pré produzido, como se as mulheres não fossem livres para poderem escolherem seu caminho, entre freiras ou prostitutas. O que fazem freiras mais corretas e o que fazem das prostitutas mais erradas se todas devem ter minimamente o direito da isonomia.
Shere Hite, dialoga que não é apenas os espaços de poder que as mulheres querem, mas o direito de serem vistas como iguais, de não ocupar espaços de poder por serem simples mulheres, mas por terem plenas condições de fazerem tal função.
Os desafios das questões de gênero estão muito além do machismo, estão engendradas no sistema capitalista que não nos dá igual condição de luta, faz vidas diferentes com condições diferentes entre mulheres ricas e pobres, mulheres brancas e negras, que não dá a muitas mulheres condições de poder reconhecer direitos e menos ainda condições de cobrá-los. Um mundo igualitário como Rosa Luxemburgo diz, seria um mundo entre iguais e não entre competidores.