FELICIDADE EM FAMÍLIA...
A minha maior felicidade é estar reunida com meus filhos, os agregados e os netos, uma conversa informal, risadas, brincadeiras, assuntos sérios, ouvir os meus filhos repetirem com os seus filhos certos bordões, que tanto mencionei a eles, e muito os desagradavam... rss
Aquelas desobediências feitas por eles que tanto me aborreceram, hoje são repetidas pelos seus filhos. É, a vida dá voltas, mas, sempre retornamos as mesmas encruzilhadas.
Dos meus quatro filhos, o Robson, na adolescência, sempre teve pavio curto, convicto das suas idéias, não admitia ser advertido. Com isso, ganhava a advertência. E sua mãe, de “saia justa” sofria o constrangimento.
Afinal, estudaram no colégio de freiras, tradicional deste bairro, onde as ultimas quatro gerações, da nossa família também estudaram e continuam estudando...
Este meu filho desde o curso primário foi exímio em matemática, inteligente, de raciocínio rápido, lia o problema calculava mentalmente e colocava o resultado. Entregava o dever, para a professora que não o aceitava, porque, a conta não estava montada, para obter o resultado. Nem com reza braba esse garoto, montava o calculo da operação. Parecia um burro empacado dizendo:
- Montando as contas, não vai dar o mesmo resultado? Então, não preciso montá-las!
Para piorar a situação, na oitava série, em uma prova, o professor anulou o calculo de uma equação, alegando estar errada. E a polemica começou:
- O garoto dizia que o calculo dele estava certo e o professor retrucava que não estava.
E logo foi colocar a equação inteira no quadro negro, explicando e insistindo, que o seu resultado era o certo.
O garoto acompanhou tudo e falava baixinho aos colegas, bem do tipo daquele “Joãozinho”, das piadas:
- Ele vai dar vexame o meu resultado é o certo!
O professor nervoso, atrapalhado no quadro negro, chamou o garoto ao quadro, para montar a sua operação....
Calmo, por ter certeza, que o seu calculo estava certo, ele explicou detalhadamente ao professor, montando as contas, aquelas tais, que sempre se recusou a montar. Confirmando a classe que o seu resultado era o certo e o do professor estava errado...
Conclusão:
Os dois foram parar na diretoria, e, por mais que o diretor e o professor tentassem, explicar, que houve um equivoco no calculo do mestre, não teve como esse garoto assistisse as aulas de matemática, dizendo-se melhor que o professor nos calculos, para conclusão do ano letivo, houve a subistituição do professor.
Essa noite, na reunião de família, o meu neto Luccas, filho, desse meu filho, veio com uma advertência, na prova de português ele escreveu a palavra no feminino e a professora colocou errada, dizendo ser a palavra no masculino. Ele, achando-se esperto, de “orelhas compridas” (burro) fez a gracinha, de escrever na prova em vermelho:
- É no feminino, ponto para mim, a senhora está errada...Ha Ha Ha
O pior, é que ela estava errada!
Advertência no colégio, freiras irritadas, os pais reclamando do garoto, suspenderam as suas regalias...
O meu neto neste último bimestre, superou-se em notas vermelhas, ele conseguiu, tirar nota vermelha até em religião. Um fato inusitado nessa família e totalmente sem nexo! Rebeldia, de “aborrecente”, que quer chamar a atenção! Pulso firme e um castigo sentido, dão bom resultado. Ah, como dão!
É, não parece, mais a vida às vezes nos dá o troco, sem pedirmos. No passado, os problemas e os constrangimentos nessas situações eram meus, agora, são deles.
Um dos meus bordões, usado quase sempre era:
- Os filhos são os espelhos dos pais e quero enxergar em vocês sempre a minha imagem bem nitida.
Graças à Deus, nunca me senti, com a imagem ofuscada, pelas atitudes deles. A minha criação foi a antiga, com “cabresto” puxado, não me arrependo e muito me orgulho!
Mas, com todo respeito, que eles me merecem, não busco nos meus netos o meu reflexo, NUNCA!
Os conflitos na educação do casal, as tecnicas modernas de educar, "sem educação", influenciam nessas discrepâncias na criação das novas gerações.
Sempre fui favorável em repreender a criança, para não precisar corrigir o adulto.
Hoje, prefiro, manter-me no meu canto calada, sem interferir na criação dos netos. O meu ceticismo é coerência em respeitar os meus limites e também os daqueles que me são caros e próximos.