UM JEITO ESTÚPIDO DE SER
 
Ainda não cheguei a parar por algum momento para pensar nos nossos momentos. Mas me vejo como um ser predestinado a mostrar, igualmente a tantos outros um modo de amar e de bem entender. Pois sei que tenho um jeito meio estúpido, de ser e de dizer coisas que podem magoar, e até mesmo ofender.
Mas é assim que sei amar. É verdade, dizemos tantas bobeiras por amor, e também fazemos. Por achar que estamos sendo práticos e verdadeiros. Que ao sermos atacados poderíamos atacar também. Usar a mesma força, física ou mental. E assim ignorarmos tanto os nossos.
Hoje queria que você sentasse ao meu lado e segurasse a minha mão. E falasse um pouco de você. Hoje eu queria que o mundo por um pouco parasse, refletisse e assim explicasse que talvez nada fosse demais. Ter em si um pouco de paz, e que assim em todos se manifestasse. Pois, eu sei que tenho um jeito meio estúpido de ser.
Até confesso, que já fizemos tanta bobagem. Hoje magoei aquela que tanto amo, por não a compreender e tão pouco aceitar seu modo de ser. Palavras são palavras, e por muito palavras cortam de uma forma. Tal qual uma navalha, e vai deixando cicatrizes profundas.
Enquanto tento até mesmo achar um jeito de me explicar. Mas não tem jeito. Eu sei que tenho um jeito todo próprio de ser e de me defender. Pois assim, eu me comparo com aquele meu amigo que pinta seu rosto para nada transparecer.
Às vezes eu tento achar uma forma de querer explicar tudo que afere a mim e a você. Bem que você poderia de repente aceitar. Mas também eu tenho que entender que nossos caminhos já não sejam os mesmos.  E assim fica o dito pelo não dito, o feito pelo contrafeito, e a gente nem mesmo nada percebe o que ficou para depois.
Seu modo jovem, e aventureiro de simplesmente querer. Por muito me dá medo. É verdade. Eu tenho medo de te perder. Queria assim mesmo explicar que a nossa vida, tão simplesmente depende unicamente de nós dois.
 
Esta crônica teve como base o poema “UM JEITO ESTÚPIDO DE SER”
                                               Composição: Isolda e Milton Carlos