Culpem meu coração por essa crônica
E porque hoje acordei meio revolucionária e um pouco
revoltada com as mentiras e dúvidas que supostamente me infringem
andei desde cedo perguntando para mim mesma:
Que amor é esse que oscila ante um simples desentendimento?
Que amor é esse que não entende o outro lado?
Que amor é esse que duvida e imagina a seu bel prazer a re-
ciprocidade do outro?
Que amor é esse que "canta" para outras o que sussurra para a
amada?
Que amor é esse que instiga, cobra, machuca e duvida?
Que amor é esse que arma cenário de melodrama barato?
Que amor é esse que precisa de enredo explícito para a certeza
de um coisa óbvia que só ele não enxerga?
Que amor é esse que só seus motivos e sofrimentos são reais?
Que amor é esse que não acredita que ainda existam no mundo
amores não manipulados como marionetes de peça teatral?
Que amor é esse que mistura real com virtual para se sentir
mais amado e acolhido?
Que amor é esse que repete para tantas "te amo" e deixa in -
certezas no coração da amada?
Isso é tudo, menos amor.
Amor verdadeiro, acredita, não duvida, entende, justifica, agra-
dece, confia, suporta, aguenta distâncias, tem certeza absolu
ta que é amado, não substitui, não pergunta, não põe incertezas
e tantos outros "não".
Não fala por entrelinhas. É aberto e franco.
Não se camufla, nem se apieda de si mesmo para ser amado.
Não rascunha seus sentimentos. Escreve sua história e a vive in-
tensamente, porque acredita nela.
Desejo a todos que lerem esse meu desabafo que já tenham ou
estejam tentando encontrar um amor tão intenso assim, boa sorte.
Busquemos entre tantos que nos aparecem durante a vida o defi-
nitivo e cativo amor.
Aos que já tiveram a sorte de encontrar, parabens!
Para os que vasculham esse mundão de Deus à procura de
um amor...... que o encontre e seja feliz.
Nesse último me encaixo. Quero ser feliz.
Ysabella