POLÍCIAS JOGADAS PARA ESCANTEIO

POLÍCIAS JOGADAS PARA ESCANTEIO

A decisão do Pronasci em relação às polícias é discriminatória. O patrimônio das polícias brasileiras já está sucateado e com destino traçado, o lixo. Em 13/07/2008 a União veta armas de guerra para polícia. No cotidiano estamos inseridos numa guerra crucial e desumana, a vida contra a morte. Viaturas caindo os pedaços deixam as capitais e vão quebrar o galho no interior do Estado. Pela decisão os policiais militares não poderão mais usar armas de guerra como fuzis e metralhadoras e passará a usar estilingues ou baladeiras fabricadas artesanalmente na terra do Padre Cícero. Policiais Militares do Brasil devem nos unir e pedir a Deus proteção total, visto que o ministro da justiça quer que sejamos o alvo principal dos meliantes e traficantes, transformando-nos em Filhos do Calvário. São Paulo - O secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, enviará um ofício na segunda-feira a todos os Estados, informando que o dinheiro da União não poderá mais ser usado para comprar armas de guerra para policiais, como metralhadoras e fuzis. A decisão foi tomada, segundo Balestreri, no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Recebemos projetos de compras de metralhadoras, fuzis e granadas e não aprovamos porque não estão de acordo com o novo paradigma de segurança do governo federal, afirmou. Balestreri destaca que a medida não tem a intenção de desarmar as polícias, mas dar a elas arma de apoio e não de guerra. Se acharmos que vivemos numa guerra, vale dar tiro que mata inocente, que atravessa parede. Vale metralhar carro parado, afirmou, fazendo referência à ação policial no Rio que matou João Roberto Amorim Soares, de três anos. Vivemos no rol de uma guerra diária como as polícias irão nos defender? Com arranjo de flores e arroz doce? Olhem de um fato isolado querem fazer estardalhaço costumeiro e político. Vejam que recentemente aconteceu à mesma coisa com a polícia americana, sem contar o fato que repercutiu com a polícia inglesa na morte de um outro brasileiro.

“Menor letalidade - A idéia, explicou o secretário, é que os policiais usem armas com menor poder de transfixação, ou seja, que não atravessem corpos nem paredes”. Como exemplos, ele citou pistolas. 40 e carabinas. 40 - para grupos especiais, seriam indicadas as carabinas. 556. Se começarmos isso agora, daqui uns quatro ou cinco anos vamos conseguir reduzir a letalidade no Brasil. O secretário negou que a medida seja uma reação ao caso do Rio, mas disse que a hora é apropriada, porque o País está discutindo a questão do armamento policial. Enquanto isso, os chefes do tráfico se armam com unhas e dentes e não escolhem calibres como modelo. Quanto maior o estrago melhor para eles. Policial é só para arranhar, enquanto os traficantes botam para arrobar. Que secretário inteligente e de idéia genial. O dinheiro da união tem uma finalidade precípua. Sustentar políticos corruptos, funcionários fantasmas, bancar luxo de reitores e outras mazelas que cada vez mais afundam a nossa nação.

O Rio de janeiro continua lindo, crivado de balas por todos os lados. O que vão fazer com as balas perdidas? Ricardo Balestreri deveria participar de um curso de guerra nas selvas, acompanhar incursões das polícias militar e civil nas favelas paulistas e cariocas e deixar de demagogia barata. O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) vai fazer companhia aos Direitos Humanos e ao Código de Infância e da Adolescência. O Brasil está cheio de homens de idéias vazias. Já conseguiram calar as Forças Armadas, já ameaçaram a Polícia federal e agora querem sucumbir às polícias - civil e militar. Está do jeitinho que eles sempre planejaram.

Senhor secretário, lembre-se que além dos grupos terroristas vamos ter que conviver com as milícias armadas e se as polícias não tiverem respaldos legais o fim será trágico. As capitais, as metrópoles ainda podem se coçar um pouco, mas as cidades interioranas, principalmente no Norte e Nordeste vivem e escapam pela abnegação dos policiais de vocação, pois na maioria dos municípios brasileiros as policias são verdadeiras creches e os “meninos” fazem suas traquinagem e sabem que o poder de força das polícias está tão frágil que mandam e desmandam desmoralizando as forças.

Sempre afirmamos que passaram mais de vinte anos criticando os governos militares e a razão das críticas está ai para todo ver. O Brasil num mar de lama, num lamaçal de corrupção e onde o meliante passou a tratar o cidadão como meliante. Vejam a que ponto nós chegamos. Ricardo Balestreri: “Quando possas, trabalha na formação das pontes de amizade e da tolerância, onde estejas. Para isso, basta procures utilizar, simbolicamente, as vigas do serviço desinteressado ao próximo, o cimento do silêncio diante da discórdia e do mal, as paredes do perdão incondicional das ofensas, sob os planos e indicações da humildade”.

Brasileiro não é tolo e nem burro, ele sabe o que quer. “Aja agora, depois não”. “Nem cedo, nem tarde”. O presente é hoje. O passado está no arquivo. O futuro é uma indagação. Faze hoje mesmo o bem a que te determinaste. Se tiveres alguma dádiva a fazer, entrega isso agora. Se desejares apagar um erro que cometeste, consciente ou inconscientemente, procura sanar essa falha sem delongas. Caso te sintas na obrigação de escrever uma carta, não relegues semelhante dever no esquecimento. Na hipótese de idealizares algum trabalho de utilidade geral, não retardes o teu esforço para trazê-lo a realização. Se alguém te ofendeu, desculpa e esquece, para que não sigas adiante carregando sombras no coração. Auxilia aos outros, enquanto os dias te favorecem. Faze o bem agora, pois, na maioria dos c Ricardo Balestreri casos, “depois” significa “fora de tempo”, ou tarde demais “(Um sábio)”. Não deixe que policiais virem escudos de bandidos, eles são seres humanos e merecem respeito. O respeito que os governantes têm com sua segurança é zero. Pensem nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 31/07/2008
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