O SER(PESSOA) POLÍTICO
O ser político não deve preocupar-se quando o seu próximo, no papel de apolítico, busca desmerecer o seu trabalho e por tabela a sua pessoa.
Na realidade, essa ação que parece, à primeira vista, ser moral não passa de um processo evolutivo de alienação.
E é exatamente pela falta de consciência do verdadeiro sentido da palavra POLÍTICA que os apolíticos empurram o Brasil para uma plataforma, onde o gigante, há tempos, patina na lama do atraso social.
E pelo jeito, ainda vai patinar muito por força desses que, ao olharem-se no espelho, contemplam a miséria existencial e nunca a excelência humana.
Em uma visão Riobaldiana, nele colocada por Guimarães Rosa, vamos encontrar uma explicação para o fato, pois assim nos diz Riobaldo:
“O princípio de toda pior bobagem é um se prezar demais o próprio de sua pessoa.”
De tanto se sentir inatingível na sua postura cidadã, o apolítico de visão tacanha entende que ele se basta por ser a verdade, o caminho e a saída, enquanto aquele a quem ele despreza procura exercer o seu papel na sociedade que o abriga, não só por si, mas principalmente por outrem.
Vocês, todos vocês, principalmente os jovens! Não tenham vergonha do seu ser político, afinal política é:
1) Conjunto dos fenômenos e das práticas relativas ao estado ou a uma sociedade.
2) Arte ou ciência de bem governar e cuidar dos negócios públicos.
3) Habilidade no trato das relações humanas (Eu particularmente adoro essa definição). 4) Modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia.
Se existe, e é claro que existem maus políticos a razão está no fato dos apolíticos abundarem.
Aqui, sim aqui… E acolá!
O que distingüe e identifica o apolítico não é o lugar onde ele se omite, mas a sua intenção. E de boas intenções o inferno está cheio, os templos universais estão cheios, os prostíbulos estão cheios, as barrigas precoces estão cheias, as bocas estão cheias…
O apolítico tem tanto valor para a humanidade quanto uma lousa cheia de ensinamentos para uma sala de aula vazia.
Se para um adolescente é preferível ter uma identidade negativa a não ter uma identidade (EE), para o alienado político ter posição a favor da política é ter interesses levianos.
Do ponto de vista do bem e do mal, esses apolíticos nos seus devaneios acreditam na vida sem política.
Eu não acredito na vida sem política. Principalmente sem a política da boa vizinhança, política da boa educação e a política dos grandes homens.
Precisamos sempre valorizar os bons políticos até que o povo aprenda a enxergá-los e a conviver com eles naturalmente.
FIM