COM O PODER NAS MÃOS

A vontade de lutar pela consecução do poder e pela manutenção dele sob os seus domínios é inata do ser humano desde o momento em que este mundo se viu ocupado por ele.

Algumas pessoas são mais voltadas para esse fim que outras, mas nem sempre quem adquire a condição de dominador pensa em mudar algo no espaço sob o seu domínio no sentido de melhorar ou ajudar o seu semelhante a ser igualmente poderoso.

A luta pelo poder tende a transcender toda aquela sensibilidade, aquela parte boa que se encontra latente no âmago da alma humana e às vezes tenderá a cegar o ser humano em geral, fazendo com que ele não veja nada além daquilo que ele traçou como meta, como seu objetivo final.

De um modo geral, o poder adquirido e posto nas mãos de alguém de personalidade inconstante e egoísta tenderá a fazer com que mudanças inconsistentes e/ou malévolas sejam processadas de forma impensada e inconstante, mas isso não quer dizer que para se mudar algo, de preferência para melhor, necessitemos de muito poder ou de um pedestal para nos posicionar no ponto mais alto desse espaço.

É sabido que nem sempre o ato de mudar algo através da força exercida pelo poder que o homem detém poderá emergir de fontes confiáveis e/ou de mentes cujas idéias se possam dar a devida importância.

No meu caso, se eu detivesse bastante poder e tivesse o condão de mudar algo no intuito de favorecer o meu semelhante, eu não faria nada de fenomenal; apenas promoveria a reeducação de todos aqueles que carecessem de ajuda no sentido de levar adiante os seus projetos de vida, por mais singelos que eles fossem e assim, quem sabe, eu tentaria, de alguma forma, mudar para melhor a direção que o mundo contemporâneo tem seguido, por vezes, sem uma rota definida.
Germano Correia da Silva
Enviado por Germano Correia da Silva em 30/07/2008
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