.... DIGITAIS NA AREIA ...!

Caminhava lentamente, como se flutuasse. Pé aqui, pé alí. Quando a água fria ameaçava tocar-lhe os pés, dava um pulinho para o lado direito e sorria. Assim o fez por város metros. Sentou-se. Permitiu que a água molhasse seus pés e pernas lentamente. Debatia os pés na água. Balançava a vasta cabeleira ao vento. Sem querer se gabar, estava feliz, muito feliz. Resolveu que alí seria um ótimo lugar para deixar sua marca de poeta. Deteve-se a escrever algo que gostaria muito que um dia fosse lido. Ousou a escrever com a ponta do indicador.

Uma forte onda a desequilibrou e a fez rolar de lado, encher-se de areia e sorrir como uma criança. Percebeu naquele exato momento que o que queria deixar alí registrado não demoraria a sumir com o tempo. Levantou-se e pois-se a andar,leve como se flutuasse, pé aqui, pé alí. Quando a água fria ameaçava tocar-lhe os pés, dava um pulinho para o lado esquerdo e sorria. E eu alí a registrar tudo aquilo de bem com a vida.

Axé!.