UM PENSAMENTO UMA VISÃO

UM PENSAMENTO UMA VISÃO

No blog do jornalista Egídio Serpa, duas matérias despertou-nos a atenção. “Uma conclamação aos policiais militares do estado do Ceará”. Publicada às: 20h09min do dia 07/07/2008. “A palavra convence, o exemplo arrasta!”, publicada em 10/07/2008, às 19h48min. Na primeira matéria os reclamos são conhecidos por todos, mas tornam-se com o decorrer do tempo, em assuntos cavilosos onde a operância metamorfoseia-se em conto de fadas.

Transformando-se em alicerces reforçados por ócios coletivos nas argamassas que endurecem as mentes indolentes dos representantes do povo como pungentes esquecidos e silentes. Os policiais militares sempre sonharam com uma vida digna, justa e que pudessem honrar com garbo, o compromisso que fazem perante o símbolo nacional.

Com justiça formar uma família consistente, e que os filhos tivessem como parâmetros e espelhos a vocação transplantada de pai para filho. Infelizmente essa vocação morreu antes do nascedouro. Até mesmo, o símbolo nacional não tremula com tanto vigor como antigamente. Anseia e é calcetado. Deifica sua missão, seu trabalho, sua responsabilidade, mas os surdos os colocam em situações de provações indescritíveis. Apesar, de todo ser humano ser imperfeito, o policial militar não pode errar, senão será execrado perante a opinião pública, a mídia e os “Direitos Humanos”. Todo deslize envolvendo policiais, independente de posto ou graduação é assunto de primeira página, vira manchete. É prego batido com ponta virada. Pedimos permissão ao companheiro Egidio Serpa, para transportar seus pensamentos, sua visão para nosso orbe, para nosso convívio e sem rebuços mostrar fidelidade, anseios, que normalmente são transformados em escombros, sem desculpismos, mas com a sinceridade bendita que sempre norteou os integrantes da briosa e os líderes que lá estão.

Coronéis ativos na Polícia militar são muitos. A inatividade ou reserva não representa o fim, mas compreendemos a sinonímia empregada. No primeiro parágrafo o sentimento de respeito pode denotar aspecto de fragilidade, a palavra respeito só perde sua finalidade quando evacuamos a nossa ética e nossas ações são reflexionadas. Não se pode perder o brio, com tanta facilidade; e a altivez onde fica? O homem foi criado para evoluir e não retrogradar. Se os galões correspondem a continências sem alma de quem é a culpa? Nossa. A hierarquia e disciplina não podem ser subjugadas com tanto desânimo e facilidade. O superior deve interagir com o subalterno, porém o respeito deve prevalecer entre ambos. Se a saudação está perdendo o sentido é porque o relaxamento natural está se infiltrando no ego, superego e id, dos que usam galões.

O homem que deixa o brio se esvair, pode tornar sua vida um cipoal sem proporções. “Lembraram de quando eram cadetes, vieram as suas mentes, as palavras e a visão, firme de seus coronéis de outrora. Seus semblantes firmes, ordens, que eles seguiam e cumpriam cegamente”. Se o mesmo écran não acontece nos dias atuais é demonstração de fraqueza e nada mais. O posto não perdeu a áurea, quem está prestes a perder é o policial se continuar com esta mentalidade retrograda e de penúria. A altivez, o brilho, o juramento, esvaíram-se sem motivos aparentes? Não acreditamos. O homem deve mostrar altivez nunca deixar transparecer fraqueza, pois o imo poderá contaminar toda a corporação. Sejamos fortes. O mais culpado de toda dolorosa situação não são os militares, pois estamos subordinados ao chefe supremo e comandante maior das forças policiais militares, o governador do Estado. Sobre os vencimentos existe uma parcela de culpa de nos policiais militares, visto que o soldo sempre foi preterido por uma gratificação mais gorda e portentosa. Comandar homens sempre foi uma missão árdua, um mister, um meritório prêmio. Fala-se em ultrajada. É uma palavra com significado forte, pois começa no ofender a dignidade de; difamar, injuriar, insultar, afrontar, ofender os preceitos, as regras de e algo mais.

Diz o dito popular que: “não podemos e nem devemos marchar contra a maré”. Vemos uma insatisfação geral, mas o que brilha mais nestes pensamentos, nestes exemplos é o vil metal. Será que nossos policiais, nossos dependentes, familiares, amigos e quem gostam realmente da briosa não poderiam se integrar e vociferar em alto prado e forçar o governo e governantes a tratar com mais dignidade a segurança do Estado. Povo unido jamais será vencido. Neste momento crucial é o começo da ação estimuladora dos líderes. Dentre 17.000 homens todos podem ser aquinhoados com o título de “capachos”? De jeito nenhum. Somos defensores da sociedade e é de sua ajuda que precisamos no momento. Será que fizemos por onde valer a querida aferição da sociedade? Acho que sim! Então vamos nos agarrar de unhas e dentes a ela, pois políticos em sua maioria estão preocupados com reeleição e interesses pessoais.

Temos um aliado grandioso e porque não pedirmos socorro? Muitas nuanças inseridas na matéria são verdadeiras, mas se o desânimo tomar conta da corporação não é admissível, pois ela tenderá a falência moral e a morte. São essas doses de veneno que estão injetando na classe para que a morte venha de modo letal e sem que percebam de imediato o perigo que estamos sujeitos. Não desmoronar jamais. Militar forte não pode repassar sinal de fraqueza. Diz o clichê popular de que o militar sempre foi superior ao tempo. Eles, não são doninhos do Estado que governam. Eles passam, nós passamos e a Instituição fica. Devemos fortalecê-la mesmo com os míseros salários que ganhamos, pois muito dinheiro vicia o homem. Militar foi poder e um dia quem sabe poderá voltar a ser. De onde saem os corruptos do Brasil?

Dos mais favorecidos e com que respaldos eles podem ou pretendem exterminar uma instituição secular. Devemos fiscalizar cobrar de nossos governantes, pois cada governo gasta aquilo que arrecada com impostos dos contribuintes. Vemos com certa indignação a carta Magna ser rasgada, pisoteada todos os dias.

Vemos corruptos presos pelas ações da Polícia, pernoitarem na cadeia e no outro dia saírem rindo dos próprios policiais. Quem os prende e quem os solta? Todo mundo sabe. Nos presídios brasileiros o cenário é de penúria, visto que a população carcerária em sua maioria é de pretos e pobres. Devemos bravejar para não acontecer à privatização do País, aí seria o fim de tudo. Discordamos quando afirmam que éramos verdadeiros militares. Somos militares e de brio e que cada um procure cumprir com denodo, dedicação e amor à profissão abraçada e lembre-se que juramos defender a sociedade com o sacrifício da própria vida. Senhores um dia é da caça o outro do caçador. O Brasil a qualquer momento pode ser palco de uma reviravolta e aí vamos inserir sem cuspe o jargão popular: “Rir melhor quem rir por último”.

Avante policiais, a briosa está necessitando de nossa vocação e força que os reclamos sejam feitos, cobrados, mas não devemos nos deixar iludir por promessas de administradores incapazes, pois nunca consegue equilibrar receita e despesa, o básico da administração. Nestes termos estão a menos um. Gerencialmente mortos e não querem ir só. Cuidado, visto que a vida é valiosa. Geralmente falamos muito e agimos pouco. A ação sem palavras é valiosa, mas as palavras sem ação se tornam inócuas. A pessoa trabalhadora, ativa, chama atenção pela força de seus atos. Sejamos sensatos, honestos e vamos à cata dos prejuízos. O que é do homem o bicho não come. Chorar jamais. Agir sempre. Quem madruga Deus ajuda. Acreditamos em tudo e somos enganados. Governo das mudanças onde elas estão? Ronda do Quarteirão é brincadeira de criança. Esse nome Ronda veio para enfraquecer o nome que já é patrimônio do Ceará, Polícia Militar. O que de bom o ronda tem são aproveitados pela mídia cearense, os custos com a publicidade. Juízo pessoal.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-JORNALISTA-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 28/07/2008
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