E DO RISO SE FEZ PRANTO!
QUEM DE NÓS EM UM DIA DE PROFUNDA ANGÚSTIA, DE OLHOS CANSADOS, PERCEBENDO TANTAS INIQÜIDADES, CIRCULANDO AO NOSSO REDOR, NÃO QUER CAIR EM UM ABISMO DE SILÊNCIO PARA ENVOLVER A NOSSA EXISTÊNCIA. MAS, ESSE ESTADO AMORFO EM QUE ENCONTRAMOS LOGO SE DESFAZ AO DEIXARMOS A IMAGINAÇÃO CORRER CÉLERE E DESTRANCAR O ROSTO E O RISO AO VERMOS SENTADOS EMBAIXO DE UMA LONA COLORIDA, HIPNOTIZADOS, COM AS INÚMERAS ATRAÇÕES QUE ACONTECEM NO PICADEIRO DE UM CIRCO.
MÚSICOS, BAILARINOS, GINASTAS, ADESTRADORES, MÁGICOS E PALHAÇOS, ISTO MESMO, PALHAÇOS, VESTINDO ROUPAS FROUXONAS, COLORIDAS, REPLETAS DE BOLAS, FLORES, ENORMES BABADOS, ENCOLHENDO O GRANDE COLARINHO E ESCONDENDO O SEU ROSTO RISONHO, PARA DEPOIS REAPARECER FAZENDO CARETAS, PISCANDO, TROPEÇANDO NO SEU ENORME SAPATO, SOLTANDO VENTOS ESFUMAÇADOS, FAZENDO PIRUETAS, EQUILIBRANDO EM UMA CORDA BAMBA IMAGINÁRIA, ALEGRE E TRISTE AO MESMO TEMPO!
QUEM DE NÓS NÃO GUARDA NA LEMBRANÇA IMAGENS DE UM MARAVILHOSO ELENCO DE PALHAÇOS, COMO: ARRELIA, CHINCHARRÃO, FIGURINHA, PIOLIM, PIMENTINHA, HENRIQUE, BOZO, VENENO, TORRESMO, PURURUCA, PICCOLINO CAREQUINHA? QUEM DE NÓS NÃO SENTE SAUDADES DE OUVIR O ARRELIA FALANDO: COMO VAI,COMO VAI, ..., COMO VAI, COMO VAI, VAI, VAI? QUEM DE NÓS NÃO CANTOU JUNTO COM O “CAREQUINHA”, AQUELA CANÇÃO DE ALTAMIRO CARRILHO E IRANI DE OLIVEIRA, O FOX: "O BOM MENINO", COM CERTEZA, ALÉM DE SER UM DE SEUS MAIORES SUCESSOS, TORNOU-SE TAMBÉM UM CLÁSSICO DO CANCIONEIRO INFANTIL?
QUE FALTA FAZ OS PALHAÇOS, QUE FALTA FAZ O CIRCO NA NOSSA VIDA. QUE FALTA FAZ GEORGE SAVALLA GOMES, O “CAREQUINHA”, QUE ATRAVESSOU MUITAS GERAÇÕES ALEGRANDO-AS TRANSFORMANDO AQUELES FATOS E AS OBSERVAÇÕES MAIS INGÊNUAS EM NÚMEROS INCRÍVEIS. SERÁ QUE ERA UMA VEZ A ALEGRIA? SEM DÚVIDA O CIRCO FICOU MAIS TRISTE, A ALMA HUMANA SE EMPOBRECEU COM A MORTE DE MAIS UM GRANDE PALHAÇO. ADEUS “CAREQUINHA”, O CÉU VAI VIRAR UMA FARRA QUANDO VOCÊ SE ENCONTRAR COM A TROUPE DE PALHAÇOS QUE TANTO ANIMARAM A NOSSA INFÂNCIA.
“E A GENTE CANTA, E A GENTE DANÇA/ E A GENTE NÃO SE CANSA/ DE SER CRIANÇA, A GENTE BRINCA/ NA NOSSA VELHA INFÂNCIA”.