Chuta que é macumba
Uma vez autorizado pelos leitores a prosseguir com a trova modificada, em razão do número de leituras, não muito grande, mas nada inexpressivo vou continuar postando o gênero poético.
Falei no texto que tenho um amigo que toda vez que se depara com alguma situação embaraçosa, fato desagradável e situações semelhantes, solta logo seu brado de guerra “chuta que é macumba.”
Ranhetice, velhice ou todas estas doenças que terminam em “ice”, a coisa funciona. Começa a surtir efeito desde o semiberro chuta que é macumba. Os desconhecidos poderes mentais entram em ação e segregam um hormônio chamado contra-aporrinhola, conhecido por poucos na medicina moderna.
A contra-aporrinhola, como seu nome está dizendo, é um velho antídoto segregado pela mesma glândula de produz a serotonina. Esqueci o nome, perdão. Não sou médico, logo não tenho obrigação de saber estas coisas. Dito hormônio tem o poder de espantar aborrecimentos, também conhecidos com o nome de aporrinholas, neologismo criado pela morena, aquela minha velha conhecida, bonita de fazer pena e que está me assessorando na presente tese de alto interesse e profunda indagação.
Reduzindo à expressão mais simples: aporrinhola é tudo aquilo que chateia, aborrece. Neste caso, não duvide: chuta que é macumba!
Por falar em neologismo, nosso simpático João Ubaldo Ribeiro, acaba de ganhar o maior premio da literatura portuguesa. O premio Camões foi merecidamente ganho, reconhecendo a obra do literato famoso.
Em dinheiro, cem mil euros, quase trezentos mil reais. Sem falsa modéstia, Ubaldo declarou que “se ganhei foi por que mereci”, afirmação verdadeira, muito, muitíssimo oportuna. Um grande abraço, Ubaldo. O povo brasileiro agradece.
Deus do céu, que trapalhada! Também pudera. Quem mandou eu permitir que a morena participasse desta tese?
Um conselho final: não gostou?
Fácil. Chuta que é macumba.