Vote em mim

Vote em mim. Meu número é...

... mas sabe-se lá quem é. Apenas um rosto retocado pela luz e maquiagem, mostrando um rosto sorridente de terno e gravata. Depois depositam este lixo caríssimo nas nossas caixas de correio, ao menos se recebem panfletos, não contas. Mas não faço a mínima idéia de quem é aquele rosto, nem o que ele fez para merecer um voto, nem se o gasto que estão fazendo vale este voto. Escravos de uma urna eletrônica que nos forçam a um erro repetível a cada dois anos, para somente ai, sermos humanos. Nem votando noutra opção, somos ouvidos, nem anula, nem limpa mais branco, somos os laranjas espremidos pelo sistema que mesmo com as múltiplas opções apresentadas, não temos escolha. Só nos resta ficar verde de raiva.

O mais cruel que as pessoas votam naquele que ficou melhor na foto. E andando pelas ruas, milhares de placas dizendo vote no fulano. Eu quero saber quem é esse fulano? Num país pseudodemocrata, onde somos amordaçados tal qual nos áureos tempos ditatoriais, não há uma lei que proíba este tipo de campanha. Proíbem propaganda de cachaça, mas, é melhor tomar um porre, no outro dia já se está bom, resta uma dor de cabeça, enquanto que um voto estraga a vida de muita gente e por quatro anos, no mínimo. Para mim, quem quer se eleger vai de porta em porta mostrando seus feitos, seus defeitos e suas propostas.

Vê se nitidamente que não há interesse algum na vida daqueles que os pretensos representantes querem representar, querem apenas manter-se no poder, ou chegar ao poder para ferrar com a vida dos demais. A oposição quer ser situação, uma vez no poder, acabam com os projetos de seus antecessores, sem nem observar suas virtudes, a menos que, sejam megalômanos. Como exemplo, podemos citar o governo do estado: Nas trocas de governo, quase sempre eleitos pelas promessas de melhorar a segurança caótica e publica deste país, e em vez de aumentar a frota e pessoal, gastam as parcas verbas para repintar a frota caquética herdada. Gastam-se fortunas trocando placas de setores públicos, trocando nomes repartições publicas, e fazendo marketing com o dinheiro do povo.

Uma vez eleitos, os governantes precisam se cercar de asseclas partidários para manter uma base política, que só defendem seus interesses, e para isso, indicam pessoas fora de seus domínios, o que, cá entre nós, não é desculpa para as incompetências latentes nos setores públicos de norte a sul, ou como se diz chulamente, de cabo a rabo.

Não podemos falar em nomes, mais uma das definições do tribunal eleitoral, o mesmo que permite que políticos com ficha suja sejam candidatos, nos amordaça, impedindo que os meios de comunicação revelem esses trambiqueiros e impeça que continuem na ativa. Ainda há uns caras-de-pau, que ao terem a candidatura impugnada, nos raros casos que isso acontece, eles vem a público, dizer que é intriga da oposição.

Os eleitores bombardeados com propaganda como quem compra shampoo, vota no numero mais fácil de decorar, no melhor maquiado, e quem realmente decide as eleições são os publicitários, então está na hora de trocar os eleitores.

J B Ziegler
Enviado por J B Ziegler em 27/07/2008
Código do texto: T1100365
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.