VERINHA 
De um porte elegante, por muito bem falante, ela sempre entre as demais procurou ser destaque. E foi sim destaque até mesmo no exterior. Suas roupas bem transadas mexiam com a emoção da rapaziada e, o seu modo de maquiar o rosto já dizia a todos o que por suposto nem mesmo precisava perguntar. Sempre fora um exímio maquiador. Diante de uma brava gente sempre mostrou ser filho da terra que nada a, contrafeito, nada negou.
Todavia, ela era assim quando de repente, de um modo meio inesperado tudo teve um fim. Não que fosse uma Gisele, mas ela poderia ir até bem mais. Não que fosse a Xuxa porque pensar num Pelé, junto daquela beldade era querer demais.
E assim pelo jeito debochado de ser. Eu, bem de longe a compararia aquela que representou, todas elas num palco.  Desejos de mulher, pra Verinha, pra quê. Ela sempre mostrou ter. E assim em cada sala de espetáculo, as mesmas com certeza a aplaudiam e bradavam o nome de Verinha.
A Gueixa, a rainha, bem mais produzida de todas. Ela era um misto de felicidade e beleza, num modo bem gostoso de cumprimentar eu e você. Verinha sempre fora aquele ou mesmo aquela que entre os amigos se destacou. Sempre fora daquelas que aos amigos e conhecidos nada negou, era assim, toma lá, e da cá.
Pela meiguice e ternura, pela amizade e o amor, que a muitos lugares traspassou. Era, e porque não dizer, apesar já de ter a sua idade avançada é exemplo de determinação. Daquele ou daquela que luta por saber que é ali que se encontra o ponto G da questão.
Amou a muitos, e a muitos pediu perdão. Por ter ido bem mais onde leva o coração.  Seu caminho queira ou não, sempre ornado por lindas flores, seus amores nem se fala então. Ela tinha lá sua predileção.
Gostava de estar acompanhada de garotos loiros, onde de peito aberto dizia sentir melhores sabores. Verinha hoje, por causa de incompreensão, é um Astolfo da vida, uma Rogéria querida, uma Derci sem questionar o porquê e por qual razão.  Ela para todos seus amigos diz que simplesmente os ama. Verinha, terna é a nossa recordação!