PAVIO ACESO
Tenho minhas dúvidas de que a ajuda oferecida pelos Estados Unidos à Colômbia tenha apenas o único objetivo de combate ao tráfico de drogas. Não há dúvida, porém, de que essa estratégia de apoio do Governo de George W. Bush ao país colombiano, para o combate aos narco-traficantes, trouxe inúmeros benefícios ao povo colombiando, posto que essa interferência econômica modificou radicalmente a Capital colombiana (Bogotá), trazendo para o povo melhorias significativas na vida urbana, acabando com a violência imposta pelos traficantes e propiciando uma alavanca de atitudes pelo Governo colombiano que hoje se refletem na qualidade de vida da população. A prisão e morte de alguns principais traficantes da Colômbia transformou Medelin (outra cidade de destaque da Colômbia), que tornou-se uma cidade moderna e progressiva dando melhores condições de vida a seu povo, inclusive alavancando o turismo em razão das belezas naturais daquela Capital.
No entanto, como a Venezuela é um país que sempre esteve “apertando o calo” dos Estados Unidos, em razão da alta produção de petróleo, não há dúvida de que essa questão do apoio ao Governo colombiano no combate ao tráfico uniu o "útil ao agradável” para George Bush, pois ficou com uma posição estratégica para acompanhar de perto a questão econômica da Venezuela e assim viver “às farpas” com o seu rival Hugo Chávez.
Exemplo disso é o episódio recente publicado nos jornais de que George Bush nesta terça-feira (22.07) teria dito que a Venezuela é um país “hostil”, que já caloraborou com líderes terroristas (se referindo às FARC). Enquanto isso, o Presidente da Venezuela, não deixa por menos e chama o Governo instalado em Washington de “neoliberalistas”, fazendo menção a um dirigente com idéias beligerantes que se aproxima de ações “satânicas”.
Evidente que nenhum desses lados podem ser vistos como elementos de paz para a América Latina, eis que tais dasafios e ostentação de poder, através da exibição de coragem bélica, transformam o episódio num estopim que a qualquer momento pode acender outras ações de maior contundência e que podem interferir na paz do nosso Continente. O fato é que um erro não pode servir de base para o alimento da discórdia. Cada um desses embates vão se somando no contexto do problema e gerando em nós a sensação de que esses Governos tudo fazem para mostrar ao mundo que não têm medo de chegarem ao extremo.
Mas uma luz se acende no final do túnel. Eu, particularmente, vejo a atual eleição do Estados Unidos como uma das mais importantes do último século, primeiro pelo desbravamento do preconceito, ante a possibilidade de um negro governar a Nação mais poderosa deste nosso mundo. Em segundo lugar, a evetualidade de Barack Obama ser o vencedor do pleito eleitoral, opera um fenômeno que poderá extirpar os governos beligerantes que se instalaram à algumas gestões na Casa Branca. Estou torcendo com todas as energias de um vil mortal, de que o vencedor seja o candidato democrata, pois assim essa visão inter-pessoal entre George Bush e Hugo Chávez tende a ser amenizada, considerando que vencendo um democrata estará desarticulada todas as formas arcaicas e inconseqüentes que até hoje tem se evidenciado na condução das políticas externas dos Estados Unidos.
Hugo Chavez ficando sozinho nessa pendenga, não poderá mostrar seus dotes de estadista através das medalhas “dos canhões” e assim, certamente, teremos um tempo de paz, embora a sua ousadia deva continuar sendo decantada aos quatro ventos do nosso Planeta. Por outro lado, temos também de torcer que seja um sucesso as formas alternativas de combustíveis nas próximas décadas, pois assim poderemos frear os ânimos dequeles que pensam que o petróleo é a única divisa que autoriza os Governos a serem fortes e mais hostis.
Sorte nossa que o Lula não tem esse tipo de aspiração bélica e em nenhum momento interferiu a favor deste ou daquele, embora em certos momentos deixou a desejar nas suas ações. Enfim, neste caso específico, é melhor que nosso Governo peque pela leniência e até pela omissão, pois o momento não exige nenhuma ação contudende que possa ferir as divisas internacionais, já que tudo não passa de um atrito exclusivamente pessoal entre Bush e Hugo Chaves.
Enquanto o problema for só esse não existe nenhum perigo. No mais, vamos torcendo para que mude o rumo da história política dos Estados Unidos para que o mundo possa respirar com mais intesidade a paz mundial, já que enquanto os Republicanos estiverem frente à direção do País do Tio San, a possibilidade de guerra nunca deve ser descartada.
E que o nosso Criador Celestial ilume a mente dos homens de boa vontade, para que nosso continente continue em paz.