O Deus interno
Acredito, sem nenhum medo de errar que o nosso Deus interno exista e que seja muito poderoso. E antes de prosseguir, gostaria de manifestar que, de nenhum modo, esteja querendo interferir na crença de outrem, fato muito difícil. Todo aquele que acredita realmente em algo, não abre mão do seu pensamento.
A indagação primeira é tortuosa. Quem é Deus?
Desde que o homem existe, a divindade o acompanha. Mesmo no tempo do homem das cavernas, em desenhos encontrados em Altamira, além de caçadas, que desejavam bom êxito aos nossos antepassados, muitos outros desenhos são até hoje estudados. Eles sugerem que sejam representações de deuses e protetores de homens que ainda mal se comunicavam e tinham completo desconhecimento de um trovão, por exemplo. A proteção era mais do que necessária, como ainda é hoje – e no interior, por medo dos trovões mesmo!
Difícil o homem, na sua pequenez, conseguir viver seu uma crença. O mais interessante é o sentido duplo que nossa situação alcança. Pequenez por um lado e enorme grandeza por outro.
Sob os mais diversos nomes, Deus aparece na história humana. É o Deus da Criação, é o Todo-Poderoso. Salvador dos homens, Criador do Céu e da Terra. Por incrível paradoxo, este Deus não existe e ao mesmo tempo existe fortemente no coração humano.
“O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus” pode ser traduzido também pelo aparentemente estúpido e arrogante Deus foi criado à imagem e semelhança do homem.
Como pode um pobre mortal existir sem acreditar na existência de um Ser Maior, que tudo sabe, tudo vê, tudo decide, tudo faz? Impossível.
A religiosidade faz parte importante do homem. Não só importante, como indispensável. Aquele que nada crê, vive uma tormenta. Mas o que pretendo dizer com mais exatidão, é que o homem, na sua pseudomediocridade, soube se transformar num ser maior, capaz de enfrentar a Vida e seus dissabores, perigos e alegrias. Deus existe. Ele está vivo dentro de nós.