SE...

Até que hoje amanheci contente, tentei assoviar ó pátria amada idolatrada salve salve e quis saber quem pôs o nome de azul na cor azul, apesar de estar às voltas com uma bela de uma faxina na casa de praia , vendo-se assim, o meu lado doméstico sobrecarregado de um sem número de tarefas. Mas, enquanto emprego a força física nas ditas benditas tarefas, meu lado intelectual reclama espaço, e o “ meu primeiro movimento é logo tal comichão de falar que não posso deixar de desembuchar o que me vem à boca”. (obrigada Cervantes)

Então, paro. Se parada eu penso. SE.. Desta partícula eu gosto, podemos condicionar à ela uma infinidade de coisas, senão vejamos:

SE os homens usasse a razão para se governar não seria como a cigarra de compridas pernas que salta e esvoaça nas ervas cantando a sua velha canção. E nem sempre ficando pelas ervas. Mas sempre dando com o nariz em todos os montes de estrumes.

SE tudo corre perfeitamente mal, como sempre, aqui na terra e nós mortais penamos nos nossos dias de miséria, não seria hora do Senhor la de cima, querer conhecer como andam as coisas cá embaixo?

SE todo homem que caminha pode perder-se, como sustentar que um homem de bem, na confusa tendência da sua razão sabe distinguir e seguir a via estreita da verdade?

SE o que está passado e o puro nada são a mesma coisa, que quer então de nós essa eterna criação, se tudo o que foi criado vai abismar-se no nada? Está passado!

SE a força do espírito e da palavra me revelasse os segredos que ignoro, se eu não fosse obrigada a dizer tristemente que não sei; se, finalmente, eu pudesse conhecer tudo o que o mundo esconde em si mesmo e, sem mais me prender a palavras inúteis, ver o que a natureza contém de secreta energia e de eternas sementes.

Agora, SE eu soubesse de quem são tantos“SEs” e aonde os li para lhes conferir os devidos créditos seria bem mais honesto de minha parte.

Para o banheiro, mulher! Está ele a carecer de uma boa lavada! ...

Dos filhos desse solo és mãe gentil pátria amada BRASIL SIL, SIL, SIL.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 20/07/2008
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