Culto ao belo...
É apenas um grande e velho tronco. Um vulto apenas, calcinado, quem sabe, por uma queimada "desumana". É apenas um grande e velho tronco dentro de um parque no coração da cidade, na beira da pista de asfalto onde gente jovem e gente nem tão jovem assim se encontra para exercitar os corpos belos....corpos. E nessas caminhadas e corridas, alongamentos e respirações profundas -concentração máxima - passam, com seus belos...suados...lindos...corpos. Um banco ao lado da pista, bem de frente ao velho tronco, parece ter sido colocado ali de propósito por alguém que não tendo como nem tempo para cultivar um belo...corpo, talvez tpudesse perceber as mudanças constantes daquela peça viva de musgos e trepadeiras que, com a ajuda das sombras e galhos de outras árvores, se transformava à passagem de cada um daqueles belos... corpos; Frenéticos corpos...belos. E foi assim, que por vários dias, eu, que não tenho vocação e, já corri na vida mais do que pretendia, vi aquele belo tronco, num festival de formas se desmanchando em gentilezas e poesia para aqueles cegos mas,... belos...corpos.