FLASH-BACK - UMA VIAGEM AO PASSADO
Quem já não se pegou pelo menos uma vez na vida querendo voltar no tempo para reviver aqueles anos coloridos novamente? Bem, muitos já tentaram inventar uma máquina do tempo que seria capaz de nos levar de volta ao passado ou até ao desconhecido futuro, mas sem sucesso. O cinema já conseguiu esta façanha mais de uma vez. Lembra do seriado Túnel do Tempo? E do filme 2001 Uma Odisséia no Espaço? E a famosa trilogia estrelada por Michael J. Fox, De Volta Para O Futuro? Pois é, mas na ficção tudo é possível.
Eu nunca sequer pensei em inventar uma máquina do tempo nem tampouco conseguiria, já que meus pontos fortes na escola nunca foram física e química, porém, tenho meu método de voltar ao passado de uma maneira simples e segura e que está ao alcance de qualquer mortal. Eu já experimentei esse método dezenas de vezes e sempre dá certo. Ontem mesmo eu viajei no tempo e foi maravilhoso. Estou me referindo à música e aos bailes de flash-backs que ocasionalmente acontecem. Se tem algo capaz de me fazer viajar é a música e quando se tratam de músicas da época de minha juventude então nem se fala. Fui a um desses bailes ontem e me senti com meus dezesseis, dezoito anos, dançando ao som de Bee Gees, ABBA, Village People, Chaka Khan, Glória Gaynor, Commodors, As Frenéticas entre outros. Os quarentões sabem de quem estou falando. Olhava ao redor e via as pessoas, na sua maioria na faixa dos quarenta, embalando seus corpos felizes da vida com Staiyn Alive, Dancing Queen, Macho Man, It’s Raining Man, I Will Survive, Three Times a Lady, Dancin Days. Imaginei que deviam estar sentindo o mesmo que eu. Fechei os olhos por alguns momentos e parecia que estava numa pista da Scorpion’s, da Free Way ou da Roda Viva, as boatinhas que freqüentava na cidade de Paranavai, interior do Paraná, nos anos setenta e oitenta. Parece mágica, mas isso acontece comigo e não é ficção. Pode acontecer com você também.
Não precisamos de máquinas para viajarmos no tempo. Nossa mente é capaz de nos conduzir ao passado, basta estarmos no lugar certo e nas condições adequadas e pronto, vamos para onde deixarmos a imaginação nos levar. Ao ouvir aquelas músicas dos meus tempos de juventude, imediatamente me transporto para lugares onde estive, vejo nitidamente rostos de pessoas que freqüentavam aqueles lugares e tudo vem com uma clareza em minha mente que minhas emoções parecem ser as mesmas vividas na época, tanto que quando estou falando do passado é como se as coisas tivessem acontecido há pouco tempo. Como é gostoso reviver aqueles momentos tão bons. E o melhor de tudo é estar agora na casa dos quarenta e poder fazer o mesmo que fazia na casa dos dezoito. A vida é uma maravilha mesmo, aos dezesseis, dezoito, quarenta, sessenta...