Será que deveriam permanecer na "pastinha preta de Simone"?
Comecei a escrever este texto ontem. Na minha cabeça.
Eu tenho esta mania, quando vou me deitar enquanto o sono não vem eu fico elaborando uma história. Pode ser uma crônica, um pensamento ou até um conto.
Às vezes fico por dias, quer dizer por noites pensando em torno de um mesmo tema. Coloco a cabeça no travesseiro e pronto, as letrinhas começam imediatamente a dançar em minha volta.
Outro dia até pensei, por que desliguei o computador? Amanhã vou deixá-lo ligado e quando isto acontecer eu salto da cama e começo a escrever. Mas acontece que nunca me lembro de fazer isto.
O engraçado é que o texto muda. E muda muito, caso o meu estado de espírito mude também. Ainda bem que sentei por aqui apenas hoje, pois faz dois dias que o estado de espírito acima mencionado anda péssimo. Cheio de pensamentos mórbidos.
Ontem começaria o texto da seguinte maneira:
Porque não existem “Tangos e tragédias” para mim? Sim porque para mim só existe as tragédias! Por que alguns podem bailar entre uma tragédia e outra? Enquanto eu só consigo pular de uma tragédia para outra?
Quantas vezes a música começa a tocar e num enlevo de prazer me disponho a dançar , dançar por toda a vida. Mas aí o que acontece? A tragédia me impede!! Ou então começo até mesmo a ensaiar alguns passos , mas não consigo ir até o fim. Sempre tem algo que interrompe esta minha disposição. O pior é que por estes dias nem prestando muita atenção eu consegui ouvir algo de musical em minha vida.
Então quando a cabecinha exausta em fim encontra o travesseiro macio. Lá estão elas. As letrinhas a pular, e ultimamente elas estavam a me esmagar. Pensamentos doídos, pesados e raivosos.
Mas o texto mudou magicamente hoje pela manhã. Sim, pela manhã as letrinhas também me visitam. Enquanto tento ficar um pouco mais na cama, e aperto os olhos a fim de dormir mais um pouquinho, quase enlouqueço, pois o texto da noite anterior está ali todo refestelado pedindo algumas alterações.
Eu posso até não sonhar. Tem gente que sempre tem um sonho para contar, eu não sonho. Pelo menos eu acho que não, pois nunca me lembro. Antes mesmo que eu abra totalmente os olhos, o textinho composto na noite anterior esta ali a me assombrar. E enquanto eu não o escrevo não vai embora.
E ele vai ficando por ali, dois dias, uma semana. Volta e meia aparece.
Se hoje eu escrevo com um gosto meio amargo, imagine ontem, quando o que eu queria era matar todo o mundo, não falar com ninguém e me trancar no banheiro só para chorar. E tem mais, meu choro é de raiva. Eu sou má, admito. Não falo, não sorrio e não respondo. Fecho a porta, assim como a cara.Na janela nem pensar em chegar.
O sol estava brilhando loucamente, mas eu era só escuridão.
Nem sei por que estou escrevendo isto!! Não comecei dizendo que o texto mudou?? O droga de rancor...Vai precisar alguns dias para este passar.
Nem sei se vou publicar este. Geralmente quando meu humor está assim, eu só escrevo. Escrevo e salvo numa pastinha negra. Pra que incomodar os outros com um texto chato! Quem é que vai querer ler isto?
Mas também, quem não quiser não é obrigado, basta mudar de página, e escolher autores mais leves, mais interessantes.
Então está decidido vou publicar. E se você leu até o final, parabéns eu não sei se leria alguém tão chata assim!!
E se quiser escrever aí embaixo nos comentários “ Simone mantenha este tipo de texto em sua pasta preta” , tudo bem eu vou compreender!! Mas a partir de hoje vou publicar todos, sejam eles chatos, rancorosos, e maçantes.
A vocês, meus amigos vai restar a opção de mudar de página, ou escolher outros autores.
Tem gente que até já fez isso! Tudo bem, o Trem tem que parar nas diversas estações. Uns sobem. Outros descem.
Para aqueles que voltam, sejam bem vindos. E finalmente para aqueles que foram, felicidades!!!