Eduardo Mãos de Tesoura e Coração de Mel.

Da série melhores amigos.

Esse texto não é uma resenha do filme com título homônimo. Simplesmente decidi que vou presentear cada um dos meus amigos queridos com um texto e esse é para Dú. Tenho poucos desses que me conhecem pelo avesso e gostam de mim como sou. O meu Eduardo, não é o protagonista do filme, mas é lindo como Johnny Depp. Ele ganhou esse título, depois de me podar, quando eu estava em um momento de euforia, falando pelos cotovelos em um café. Edu, você me poda, sim. Quando vôo em meus sonhos românticos é você quem me corta as asas e me traz de volta. Nessas horas fico retrucando tudo que você me diz, e que na maioria das vezes tem razão. Mas também é você, meu irmão, que me escuta, me incentiva e que me abraça com seu carinho. Você que é inteligente, prudente, excelente profissional, vaidoso, também é espiritualizado. Entende a vida e a aceita mais do que eu, que sou mais velha que você. E como eu apreendo de suas idéias, ainda que não concorde com todas. Teimosa, nunca me deixei arrastar por você às academias de ginástica para onde você corre todas as noites e de onde eu corro todos os dias. Mas já fui ao seu templo, quando precisei me encontrar com Jesus e seus anjos, o que lhe agradeço. Do sagrado ao profano, Dú me faz beber e dar shows a públicos desconhecidos (na verdade uns dois e três apenas) e depois morremos de rir juntos. Meu amigo é escritor e me confiou seu livro lindo escrito aos 18 anos. Guardo-o como um tesouro e cumpro a promessa de não mostrar a ninguém até que você faça a revisão. Conheço seu mundo. Já lhe fiz pagar micos que você suportou, escondendo o constrangimento no respeito e no bom- humor, quando em uma fase de desilusão profunda, chorei no café mais concorrido, do maior shopping da cidade. Eu me desmanchava e você só dizia: ”- Veca, estão pensando que eu estou lhe dando um fora”. Eu imagino como você se sentia, mas não me podou dessa vez, ao contrário, foi solidário na minha dor. O mel é bem mais freqüente em você, com quem me abro sem medo de ser criticada. E falando em café, devo-lhe muitos. Já vou começar comprar os euros, pois o trato é pagar todos em Paris. E pretendo cumprir.


Evelyne Furtado em 13 de julho de 2008.
Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 13/07/2008
Reeditado em 16/07/2008
Código do texto: T1078973
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