O "TROPICÃO"
Há muito, muito, muito tempo, na fazenda do senhor Geraldo, em Minas Gerais, era costume servir uma sopa aos trabalhadores, à noite.
Para dar mais sustância aos empregados, de vez em quando, sua esposa punha um pedaço de carne, que o pessoal chamava de “tropicão”.
Certa vez, o fazendeiro estava servindo os pratos, como fazia sempre, e a concha esbarrou numa coisa dura. Aí, ele pensou:
-Ôba! Hoje a mulher botou “tropicão” na sopa! Hum... Parece que é um baita pedaço de carne seca! Vou deixá-lo para mim, que não sou besta!
Enquanto os colonos jantavam a luz de lamparina, o homem pôs o “tropicão” no seu prato e o levou à boca, com avidez.
Como estava muito duro, ele o prendeu nos dentes e puxou com a mão, a fim de arrancar um pedaço.
Puxa daqui, puxa dali, numa batalha sem fim, o matuto resolveu olhar pertinho das chamas do fogão, que carne esquisita era aquela.
Ao constatar o fato, o homem exclamou:
-Jesus amado!!! É um morcego!!!