O poder do professor
Usa sabiamente o poder quem sabe geri-lo e, ao mesmo tempo, sabe resistir a ele”. S. Gregório Magno
Em uma sociedade quem tem um padrão educacional fragmentado, percebe-se de forma clara que o poder do professor dita a direção de forma centralizada e autoritária.
Não encontramos na instituição escolar qualquer sinal de mudança deste padrão, pois, o corporativismo antropocêntrico de grande parte dos professores reproduz de forma avassaladora um poder centralizador. Sutilmente é claro. Há uma obstrução do novo, e, em círculo o clã ordinário se sustenta no poder.
O sistema dá ao professor a posse do saber, negando ao estudante qualquer possibilidade de criar, recriar, construir e reconstruir. Os pais na maioria “presos” neste padrão, somente o reproduzem, assim como uma criatividade opaca. Aos estudantes resta aceitar tal padrão ou ser excluído, alias, de um sistema falido. Então, são excluídos os excluídos?
A vocação da escola na construção do saber crítico, participativo, democrático, ético e cooperativo; construtora de novos paradigmas não passa de mera retórica acadêmica, ou melhor, um ilusório discurso, quando muito, aquela nebulosa "conversa" das coordenações pedagógicas. A institucional escola é uma realidade ilusória, alimentada nas sombras capitais. A realidade cotidiana é mais que prova do fatalismo da instituição educacional.
Fortalecer gestos e ações que possuem em suas bases um saber construído no âmago, permite, passos na direção de padrões mais evoluídos... No teatro da escola a arte deveria ser fortalecida, permitindo que o estudante crie e recrie na segurança de ser respeitado, integrado e aceito como diferente, pois, é no diferente que está o novo padrão; um padrão sempre fugido...
Quando potencializamos a vocação de forma cooperada, realizamos a re-ligação necessária para retornar ao caminho do humano. Temos o poder compartilhado das partes com o todo... E o novo se costura!... Na ruptura é que consiste a arte cria(d)ora!...