AS ENGRENAGENS DO MUNDO MODERNO

Talvez tenha sido Chapplin o que melhor conseguiu traduzir a máquina do tempo - tempos modernos - no entanto, novos exemplos surgiram para que pudéssemos ter a impressão de que os tempos mudam.

Para melhor estruturar o paradigma da modernidade, analisando critérios que inovaram o próprio conceito de moderno, necessariamente tem que se descrever passagens importantes que ficaram marcadas em algum momento em nossa história.

Pois bem, o início da modernidade será marcado já no século XVI indo até o fim do século XVIII; em que as pessoas, embora sem perceberem, estavam iniciando a experimentação da vida moderna.

Já num segundo instante da modernidade, pode-se apontar claramente que a onda revolucionária de 1790, especificamente a Revolução Francesa e suas conseqüências foram fatores de grande efervescência. As pessoas experimentam, partilham sentimentos revolucionários que desaguaram explosivas convulsões em todos os níveis de vida. Ao mesmo tempo, o público moderno do século XIX ainda se lembra do que é viver material e espiritualmente. Desta dicotomia que nasce a idéia de modernismo e modernização.

Dando seqüência ao paradigma moderno, insurge, já no século XX, o processo de modernização mais dilatado a ponto de delinear virtualmente o mundo todo. Percebe-se, ainda, que a cultura mundial do modernismo está seguida por um avassalador desenvolvimento que atinge espetaculares triunfos na arte e no pensamento. Entretanto, ressalta-se a inquietude das pessoas da era moderna, que chegaram a se desvincularem das próprias raízes da modernidade.

Contudo, hoje, na medida em que se expande o paradigma da modernidade, o público moderno se multiplica em uma multidão de fragmentos, que falam linguagens incomensuravelmente confidenciais.

Isso tudo levando a um entendimento de que até mesmo o conceito de modernidade é muito fruído. O que era ontem moderno já não o é hoje e, por conseguinte, amanhã terá novos valores.