POR QUEM OU QUAL CRIANÇA, VAMOS CHORAR AMANHÃ?
"Bons tempos aqueles, quando multidão em cemitérios era para dar um ultimo adeus a um idolo.
Hoje ela(a multidão) assite o enterro de anjos(CCF 09/07/08)"
Belém:
63 bebes morrem na Santa Casa de lá.
E quantas mais, de Peabuçu ao Oiapoque, morrem sem que saibamos.
Rio:
João Roberto, quatro anos incompleto é morto por dois aloprados vestidos de policia.
E não vemos ninguém do sistema que patrocina tais fatos, ser demitido ou num gesto de honra, pedir para sair.
Novos casos que me obrigam a abrir o álbum dos fatos que me trazem de volta a mente uma seqüência de crimes.
Não dá para não lembrar e chorar a violência sofrida por essas e as outras também crianças.
Violências que se revertem da mais pura falta de pudor por parte de quem as pratica.
Para escrever sobre mais esse absurdo, a morte de João Roberto ou daquele anônimo que morreu e que ninguém soube, busco no meu texto:
LRS-Liberdade, realidade e sonhos
“Mal nos livramos de uma dor e uma dor maior nos afronta. Assim fica difícil ser humano (CCF)”.
Escrito em 08/04/08, a síntese do meu sentimento e para as minhas considerações, peço a sua reflexão:
“Insisto na minha particular tese que falta ao nosso povo um componente regulador das ações dos nossos governantes, o rancor cívico. O rancor ideológico já levou multidões às ruas, o rancor religioso também, mas nunca o brasileiro saiu em defesa de si e de sua família.
Por essa razão, é que nossos mandatários, mentirosos e incompetentes não sentem medo de nada e, nesse estagio de avaliação, vão protelando soluções e permitindo que a cada dia nossa transformação em um País sem saúde, sem educação e sem justiça, acelere seus passos. Nossos governantes são hábeis em dourar a pílula, mas, essa, constituída de farinha, torna-se um prato cheio de artimanhas forjadas nas entrelinhas das intenções complacentes de um sistema, que se sobrepõe aos reais anseios dos homens de bem aflitos por uma justiça rápida, firme e definitiva.
Um povo que se curva como estamos, diante de criminosos e de seus crimes, cometidos principalmente contra nossas crianças, não pode andar de cabeça erguida como querem nos fazer andar as campanhas publicitárias governistas. Depois de ver as imagens de LRS, estou procurando onde o meu orgulho de ser Brasileiro foi parar”.
Cheguei à definitiva conclusão, que não basta chorar pelos nossos filhos perdidos. É necessário mostrar ao sistema que a mão do povo pode ser também a mão irada de Deus.
Chega de balões coloridos, roupas brancas, cartazes e faixas com frases bonitas e sem efeito prático, nas Vieiras Souto, Paulistas e Av: São Paulo da vida.
Ta na hora de enquanto sociedade, darmos aos nossos mandatários o mesmo que eles nos dão todos os dias: “Um tapa na cara”.
FIM