Tudo sempre passará... (Também na economia).

Desde quando comecei a entender um pouco os caprichos dela, tenho visto a economia oscilar ciclicamente trazendo reflexos desastrosos para um Brasil bem mais vulnerável em outras oportunidades, inclusive com câmbio ancorado artificialmente. E aí já teríamos sofrido violenta retração de mercado e números inflacionários absurdos. Esse mau humor global tem um limite que esbarra na capacidade de reação por sobrevivência que o mercado tem. É possível que piore, porém não creio em uma quebra em escala mundial como apregoam os alarmistas de plantão do sensacionalismo econômico. Quanto ao petróleo, o buraco realmente é muito fundo (se tiver). Pagaríamos caro por uma revolução energética que o deixasse às moscas. Ela seria de longo prazo em função dos poderosos interesses de quem ganha com isso. Nesse particular, mais uma vez o Brasil tem atenuantes que o resto do mundo não tem. Diria a sabedoria popular: "Deus fecha a porta (a do avanço tecnológico geral do Brasil), mas abre uma janela (a do potencial hidro-bio-nuclear brasileiro)", este último, como última palavra em desenterro de solução. O embate entre os especuladores de mercados futuros (coisa oficialmente respeitada e inevitável) e o seguimento produtivo deve ser ganho por este último. afinal, todo mundo tem que comer, fabricar bens e prestar serviços. Essa locomotiva pode ser boicotada, chantageada e humilhada pelas hienas do financiamento e da usurpação das riquezas, mas jamais conseguirá sequer enguiçá-la. Por isso eu sou duro na queda e acredito no "lado sadio" do mercado.