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Uma lição de vida e amor

Esta semana uma reportagem me emocionou e chamou a atenção, por ser uma grande lição de vida, sob qualquer foco a ser observado, é a história de vida de Rick (filho) e Dick Hoyt (pai), que nos faz ver como alguns problemas são ínfimos, e que jamais, sob hipótese alguma devemos desistir.

Rick, hoje já com 46 anos de idade, nasceu com problemas irreversíveis, devido à falta de oxigenação no cérebro causada pelo cordão umbilical ter enrolado em seu pescoço; sendo assim foi condenado por diversos médicos a viver uma vida vegetativa.

Os pais do menino, choraram, sofreram, mas tomaram a decisão mais acertada de suas vidas, Rick seria tratado como uma criança normal e incluído em todas as atividades familiares e sociais, mesmo sem conseguirem perceber até que ponto ele entendia o que se passava a seu redor.

Escola e médicos achavam que Rick não possuía capacidade para aprender, porém um dia, em uma consulta médica de rotina, os pais pediram ao doutor que contasse uma piada, e Rick ao ouvi-la, caiu na gargalhada. A partir deste fato, os médicos desconfiaram que existisse uma possibilidade de entendimento por parte do menino Alguns cientistas, então desenvolveram um sistema de comunicação, onde Rick com o único movimento que conseguia controlar - lateral de cabeça, escolhia letras, e em uma tela ia formando palavras. Assim o menino, já com 12 anos, pode se comunicar e freqüentar a escola demonstrando às pessoas que podia entender.

Um novo fato veio mudar a vida de Rick. Um colega de escola sofreu um acidente e ficou sem andar e uma corrida foi organizada então para arrecadar fundos para o tratamento do menino. Mas, Rick queria mostrar ao amigo que mesmo estando paralisado a vida continua, e com tudo isso Rick disse ao pai que queria participar da corrida, mas para isso precisaria dele.

Nessa altura dos acontecimentos, entra o fabuloso Dick Hoyt, pai de Rick. Dick, já com 40 anos, e sem ser atleta (apenas corria uns 2 km umas três vezes por semana para manter a forma), resolveu participar com o filho da corrida. Dick empurrou Rick numa cadeira de rodas, e na linha de chegada, Rick tinha o maior sorriso do mundo. Ao chegar em casa, Rick disse a seu pai: "Pai, durante a corrida, eu sinto como se minha deficiência desaparecesse”.

Depois desta corrida, Dick resolveu treinar para que ele e Rick pudessem participar de outras provas.

Que pai maravilhoso é Dick. Apesar de muitos problemas, muitos preconceitos, pois a receptividade de algumas pessoas não foi boa, eles criticavam Dick, por não saber que era seu filho que o empurrava para todas as corridas, e muitas barreiras (equipamentos impróprios etc.), os dois "Tean Hoyt" (Equipe Hoyt), participaram de mais de 975 provas, incluindo maratonas, competições de até seis edições de Iron Man (onde Dick precisou aprender a nadar sozinho e construir equipamentos, pois não existia nada no mercado que adaptado ficaria bom). Muitos atletas miraram no exemplo de Dick e começaram a competir.

E eles sempre contam "... nunca chegamos em último lugar, desde a 1ª corrida, chegamos perto do último, mas nunca em último".

Rick, hoje, usa um sintetizador de voz, que transmite o que ele escreve, é um homem feliz e bem humorado. Formou-se em Educação Especial pela Universidade de Boston, mora sozinho (mas tem ajuda de pessoas contratadas para lhe dar assistência necessária) e possui um sorriso contagiante e uma felicidade sem fim.

Dick tem atualmente 68 anos, com um físico invejável, inclusive já foi convidado para correr sozinho, mas sempre responde que só corre por causa do filho.

A mensagem dos dois é a seguinte: "Sim, você pode. Não há, em nosso vocabulário a palavra impossível”.

Pai e filho, exemplos vivos de superações e amor incondicional.

Eu acredito que mesmo se em alguma corrida, eles tivessem chegado em último lugar, ainda seriam vitoriosos, e um exemplo a ser seguido.

Deixo todo o meu respeito e admiração aos pais - conhecidos meus e não conhecidos, que com todo o seu amor e dedicação, nunca desistiram, e sabem superar a cada dia novos desafios.

06/07/2008