A casinha no sopé
A casinha no sopé
Nesta tarde de domingo ensolarado, com um céu sem nuvens, minha imaginação cria asas, e chega no sopé daquela montanha, onde a natureza, a beleza do lugar, o aconchego me faz construir aquela pequena casinha, tão linda com janelas da cor do céu e as paredes caiadas de branco.
No fogão, já está sendo preparado meu jantar.
Da chaminé a fumaça avisa que ali mora alguém.
Sento-me no banquinho tosco do lado de fora da porta e apreciando o por do sol, vou retirando do meu inconsciente tudo que me trouxe felicidade, todos os momentos felizes e até mesmo as adversidades, que foram esquecidas, mas que às vezes são recordadas.
O sol já desapareceu no horizonte e a lua tímida começa a surgir.
Já não ouço o cantar dos passarinhos que se refugiaram em seus ninhos, mas posso escutar o marulhar de um regato, bem aqui pertinho, que parecem como sonatas ao luar.
Fecho a porta. Vou jantar e preparo meu café em coador de pano, onde o aroma impregna-se em toda a região.
Não sei por quanto tempo, fiquei me imaginando na linda casinha, no sopé da montanha, mas foi o suficiente para trazer a minha alma: a beleza, a leveza e o bem estar de uma vida bucólica.
Curitiba,6/7/2.008
Dinah Lunardelli Salomon