SOLIDÃO
Eu descobri minha solidão sem querer, me deparei com a realidade e tive medo! Onde estão todos? Nenhum amigo de fato! E minha mãe? Meus irmãos? Só esse silêncio e essa falta me acompanham sempre! Não estou deprimida, não faz meu tipo ficar deprimida, só estou constatando um fato óbvio...
Na vou praticar suicídio e nem entrar para o mundo dos vícios. Preciso vencer, é uma necessidade, mas que isso, é uma obrigação! Quero que todos me enxerguem como sou e não essas farsas que crio... Estou cansada... Preciso de um copo de vinho, preciso chorar.
Por que eu vivo coisas que não entendo? Sei que sou imperfeita, mas será que existe alguém perfeito? Deus, por que tantas dúvidas? Não posso ser ignorada! Alguém me dê um copo de vinho...
Estou bêbada da vida! Bebi meus dias em goles vorazes, não senti sabor algum, apenas sorvi com voracidade. Não me lembro de muita coisa que vivi, as cenas da minha vida são tão raras e confusas, a maioria criei, não consigo senti a diferença da realidade para a imaginação; sei que agora estou parado em frente a esta tela, só... Necessitando de vinho, uma taça aliviaria essa dor brutal que esta constatação me trouxe, sou só! E isso dói!
Meus amigos, quem são eles? Aqueles que só procuram quando precisam? Ou aqueles que de vez enquanto ligam e perguntam como você está? Cansei dessa alegria falsa, nada me fará me senti completo de novo, pois sozinho ninguém alcança a completude.
Preciso de alguém, um amigo verdadeiro! Não posso me refugiar na internet, esses bate-papos... Pessoas sem rostos, conversas sem nexos, mentiras. Desculpem-me meus amigos virtuais, até gosto de vocês, alguns até tive em grande estima, e as conversas que me proporcionaram foram úteis para aliviar esta solidão implacável, mas não posso viver assim, por isso eu os abandono, sei que nem notarão a minha falta!
Não sintam pena de mim... Não admito dó! Hoje estou sozinho, amanhã esta casa estará repleta, serão amigos verdadeiros? Não sei, mas prefiro-os a solidão! Rirei, beberei com eles, jogaremos o jogo da verdade, cantaremos junto com as músicas, dançar eu não sei, porém no fim, com o efeito da bebida e pelo barulho contagiante dos rock’s nacionais dos anos 80 junto com todos pularei alegre, sem medos!
Por enquanto, sei que sou só, estou só... Essa melancolia absurda amanhã talvez não exista... Vou parar de escrever estas bobagens, ainda quero chorar, preciso secar esta última garrafa de vinho, guardada para uma ocasião especial