A BENÇÃO DOS LIMÕES
Em meio à fina garoa que caia naquela tarde fria, parei meu carro num cruzamento e aguardava ansiosamente a abertura do sinal. O rádio ligado e o conforto interno do veículo me proporcionavam um tremendo bem estar. Absorto em meus pensamentos, vi surgir uma senhora com o rosto molhado e com roupa simples e úmida, caminhando em direção do carro e trazendo numa das mãos, uma redinha cheia de limões. Sempre fui avesso a esse comércio dos semáforos, então, agitei o indicador como se fosse um limpador de pára-brisa e imediatamente a mulher entendeu que eu não estava a fim de comprar sua mercadoria.
Num lampejo mental, me dei conta de que aquela senhora esboçava ansiedade em seu rosto cansado quando me ofereceu os limões. Nem sei se a mulher ela tem filhos ou não, mas em meu pensamento imaginei crianças em volta de uma mesa e os pratos vazios porque a mãe nada vendera. Pensei comigo: __ Ninguém se submete à uma intempérie dessas se não estiver necessitando.
Abri imediatamente o vidro do meu lado e bradei: ___ Quanto é?
A mulher voltou-se e respondeu:__É um real moço!
Pedi um saco de limões e entreguei a ela o dinheiro.
Antes de fechar o vidro ouvi uma frase que me fez chorar de emoção, pois senti que era uma frase sincera vinda do fundo de um coração agradecido.
__Deus te abençoe moço!
Senti-me devedor, pois nem um real e nem dinheiro algum do mundo pode pagar aquela frase abençoadora. Sai dali rogando a Deus que abençoe muito a família daquela senhora.
Em meio à fina garoa que caia naquela tarde fria, parei meu carro num cruzamento e aguardava ansiosamente a abertura do sinal. O rádio ligado e o conforto interno do veículo me proporcionavam um tremendo bem estar. Absorto em meus pensamentos, vi surgir uma senhora com o rosto molhado e com roupa simples e úmida, caminhando em direção do carro e trazendo numa das mãos, uma redinha cheia de limões. Sempre fui avesso a esse comércio dos semáforos, então, agitei o indicador como se fosse um limpador de pára-brisa e imediatamente a mulher entendeu que eu não estava a fim de comprar sua mercadoria.
Num lampejo mental, me dei conta de que aquela senhora esboçava ansiedade em seu rosto cansado quando me ofereceu os limões. Nem sei se a mulher ela tem filhos ou não, mas em meu pensamento imaginei crianças em volta de uma mesa e os pratos vazios porque a mãe nada vendera. Pensei comigo: __ Ninguém se submete à uma intempérie dessas se não estiver necessitando.
Abri imediatamente o vidro do meu lado e bradei: ___ Quanto é?
A mulher voltou-se e respondeu:__É um real moço!
Pedi um saco de limões e entreguei a ela o dinheiro.
Antes de fechar o vidro ouvi uma frase que me fez chorar de emoção, pois senti que era uma frase sincera vinda do fundo de um coração agradecido.
__Deus te abençoe moço!
Senti-me devedor, pois nem um real e nem dinheiro algum do mundo pode pagar aquela frase abençoadora. Sai dali rogando a Deus que abençoe muito a família daquela senhora.