Amor e Ódio.
O ódio encontrava-se em crise. O amor também. Um queria o outro. Mas eram muito orgulhosos para aceitar isso. Não conseguiam viver separados. Um precisava do outro. O Amor achava um tédio amar. Não agüentava mais ver tudo sempre feliz. Queria desgraça. Negava para si mesmo. Não agüentava ficar olhando tudo ocorrendo da maneira certa. Às vezes sentia-se enjoado com tudo o que via. Conseguia ver falsidades no Amor das pessoas. Em outros amores a verdade estava implícita. Fossem com casais, famílias, animais e pessoas amando coisas materiais e animais. Ele se perguntava por que as pessoas amavam um objeto de tal maneira que choravam por ele ou até mesmo veneravam-no. O ódio sentia inveja de tudo isso. Era como se o ódio fosse uma eterna máquina de fazer dor às pessoas. Muitas vezes ficava com dó com o que acontecia no mundo. Crianças perdendo seus pais. Pais perdendo filhos ou famílias inteiras. Achava injusta a “tarefa” que deveria cumprir. O ódio, pelo contrário, não agüentava ver desgraça acontecendo com outros. Claro que em muitos casos sentia um pouco de prazer ao ver certas coisas acontecendo. Casais descobrindo seus amantes eram o seu favorito. Sempre acontecia alguma coisa maligna, alguma vingança um contra o outro. Homens matando por amor a algo que no em seu ponto de vista era ridículo. Como os dois estavam incomodados com o que acontecia, estavam cegos por conta própria. Era o maldito orgulho. Podemos perder coisas irreparáveis por causa do orgulho. Quando todos vão entender que o orgulho é bom na hora certa. E na hora errada pode trazer sofrimentos. O orgulho quando é deixado de lado, já é um caminho para a felicidade. Encontrar a verdade que existe por trás do orgulho é a chave para algo maior. Aqueles orgulhos são aqueles que mentem para si mesmos. Reconhecer que precisamos um do outro, como o amor e ódio é o caminho para a felicidade.