Entre LUA’S.
Não, eu não procuro ser feliz pelo avesso. Da minha memória escapa, por vezes, o que nem sinto. São feridas mal cicatrizadas, cicatrizes atrozes, e tantas perguntas sem respostas.
O meu próprio EU, é um enigma para mim, oscila entre a razão e o coração, tantas outras não reage, senti-se aprisionado pelas expectativas, e do orgulho ferido constrói barreiras difíceis de serem derrubadas.
Sentimento, a todo momento ele me resta como algo natural, faz com que mereça estar novamente debruçada sobre a estirpe do meu próprio nome.
Lua adversa, Cecília Meireles foi fiel em seu poema, sou dessa lua, sou essa lua, me componho, fortaleço, e ao revês do dia, traz me sua alegria. Mesmo composta de fases, constante, claridade inalterável.
Descanso, a canção é meu aparato, a solidão se afasta de mim cada vez mais, a reconstituição é processo divino, amadurece o ser, capaz de nos mostrar seu reflexo, e assim consigo enxergar.
Sinto que a minha vez não está sobre espera, e acredito que cada nova experiência é a maneira pela o qual consigo tornar-me integra, são as minhas falências múltiplas de sentimento, de emoção que fazem com que amanhã me sinta nova, pra mim, pra você.
Tenho uma maneira no fim de ser sempre de mim mesma, sem egocentrismo, mas por pura causalidade, eu me busco, e reconstruo entre uma força e outra, aquilo que possa fazer falta. Sobre o meu peito, descanso todo o meu apreço, do tempo, do sono, dos amigos, absorvo as experiências que me fazem acreditar na lua, que por mais que tu não queiras, estará no céu amanhã, de novo. E isto, é findo.