O Exterminador no Presente
Vamos considerar a questão sobre o seguinte prisma: a natureza é cíclica. Houve a Era do gelo, a dos dinossauros e tantas outras intermediárias que só mesmo os estudiosos especialistas são capazes de fazer as devidas subdivisões. Paleontólogos, antropólogos e tantos outros que eu nem sei quais são.
Mas o fato é que a natureza segue um eterno movimento pendular de destruição/reconstrução. Os hindus chamam-no de ‘Respiração de Brahman’. Estarão certos? É um movimento que atende a algum plano superior? Também não sei, mas acho que acredito. Ou será a causa desses movimentos o Devir que Heráclito intuiu?
A questão da reconstrução é mais complicada para ser descrita, pois ao que se sabe não há quem a viu e todos os ‘ólogos’ supra citados conseguem estudá-la apenas quando já está pronta. Então, são capazes de decifrar suas fases e o seu curso provável até que chega o momento da nova derrocada.
Esta segunda fase, a destruição, já não é tão complexa assim. Sabe-se que o frio excessivo, o calor insuportável, a mudança no eixo, os meteoros que caem, os vulcões que explodem, as secas, as pragas, as inundações podem ser a causa da dissolução. Ou então a escolha de uma das espécies que habitam o planeta é encarregada de fazer a destruição. Acho desnecessário dizer qual das espécies está encarregada de fazer a destruição dessa Era. Mas acho de bom tom dizer que se o (a) leitor (a) concordar comigo teremos resolvido duas das questões filosóficas existenciais que nos perturbam deste a ‘noite dos tempos’. Vejamos:
1)Por que estamos aqui? Ora, para produzirmos a destruição cíclica que é requerida pela natureza.
2)Para aonde iremos? Aos crédulos diria que irão para onde julgam merecer. Aos incrédulos citaria Schopenhauer “. . . Tal qual o nosso organismo não se ressente dos dejetos que expele, assim acontece com a natureza. O fim da humanidade pouco lhe importa . . . “ A vida segue, independentemente da espécie que detém naquele dado momento a supremacia.
Não deixa de ser um consolo sabermos que estamos cumprindo a nossa tarefa de destruidores com muita eficiência e, por que não, de termos conseguido descobrir a reposta para duas das ‘questões existenciais’.
Pobre homem . . .