Pedras, mãos e moedas
O carro parou, ele apareceu na nossa frente, ela mandou sua mãe fechar os vidros, ele tinha pedras nas mãos, elas começaram a subir e descer, a destreza era merecedora de palmas e sua fragilidade gritava socorro. A pequena encenação havia terminado, ele ia às janelas dos carros, falava algo que não se podia entender, as janelas eram fechadas, ou nem mesmo abertas, alguém jogou-lhe lixo nas mãos , chamei-o e lhe entreguei algumas poucas moedas, seus olhos brilharam contra o sol forte, suas minúsculas mãozinhas agarraram as moedas, ele olhou submisso e pediu a Deus que me abençoasse,eu peço a Deus que zele por ele. O sinal abriu, ele correu para a calçada esperando o próximo ato da peça.