Um domingo junino de basquete (15/06/08)
As ex-socialistas já haviam conquistado a vaga e as ainda socialistas tentavam novamente acabar com as chances brasileiras de garantir presença para a Olimpíada na, ironicamente, antiga socialista China. Não se trata da Fria, mas o que acompanhamos domingo em Madri foi praticamente uma guerra. Nada de armas de destruição em massa ou sangue derramado; apenas duas dúzias de atletas defendendo suas pátrias e uma bola alaranjada sendo disputada a tapas – literalmente. Nacionalismo exacerbado à Médici e Fidel à parte, eram duas nações – em comum, além da cana e da ginga, a vontade de participar de outros Jogos Olímpicos – representadas por verdadeiras guerreiras, como o próprio técnico Paulo Bassul declarou.
Quanto mais o cronômetro se aproximava do fim, maior era a tensão. Faltavam unhas para serem roídas, as mãos não paravam quietas. A liderança do placar ora era caribenha, ora nossa. Micaela ressuscita nossa esperança. As cubanas recorrem às faltas e as brasileiras convertem os famigerados lances livres. Por míseros cinco pontos, vencemos e nos garantimos em agosto. Ufa. Que venha Pequim.