As pessoas certas e erradas do amor
Uma vez li uma crônica que dizia: ”A pessoa certa não é aquela que faz uma pessoa feliz, por isso encontre a pessoa errada.” Durante um tempo fiquei pensando sobre isso e questionei, pois inúmeras pessoas erradas passaram pela minha vida e só me encontrei, de fato, com a pessoa certa. Isso era o que eu pensava até ser surpreendida com a dita “pessoa certa”.
Muitas vezes achamos que encontramos a pessoa certa, que finalmente encontramos um relacionamento seguro e que podemos confiar e acreditar plenamente naquela pessoa, que pensávamos que estivesse nos fazendo feliz. Entretanto, por coisas rotineiras as quais, muitas vezes, não percebemos nos surpreendemos com ela e nos damos conta de que aquele relacionamento não é nada seguro e passamos a questionar se de fato, ela é a pessoa certa que imaginávamos.
Freud em uma de suas publicações disse que o ser humano é uma caixinha de surpresas. Mas até que ponto? A ponto de nos enganarmos perante àquela pessoa que dizia nos amar para sempre? E que jamais nos magoaria? O que será, então, a pessoa certa? Será que passamos a vida inteira procurando a pessoa certa e amando a errada?
O que será esse amor que faz as pessoas deixarem suas vidas de lado, se dedicarem e perceberem, um dia, que aquilo não é seguro, que não têm um porto, mas apenas um barco à deriva no oceano? Que forma de amar é essa que magoa a tudo e a todos? Por que será que as pessoas deixaram de sonhar e não procuram mais nem as pessoas certas nem as erradas?
São tantas as perguntas que resolvi escrever essa crônica como minha estréia no “Recanto das Letras”; uma forma de expressar meus sentimentos perante o amor e perante as pessoas erradas, mas ditas como certas que passam pela nossa vida e que nos causam sentimentos duvidosos de tristeza e indignação.
Sendo assim: “Viva as pessoas erradas e brindemos por elas existirem e quem sabe não serem realmente as pessoas certas das nossas vidas?”