Noite fria
Hoje vou sair por aí, beber alguma coisa, sei lá
Vou tentar esquecer meus problemas, procurar em bares o prazer nostálgico da madrugada
Chove nesta noite de sexta feira, uma chuva fria e melancólica
Aumenta o ardor que corrói meu peito
Meus sentimentos evaporam pelas têmporas orgânicas do meu ser.
Vou procurar alguns amigos, jogar conversa fora
Vou encontrá-los com todos os sentimentos
Por que a noite é assim
A madrugada é sempre a eleita para quem está a procura de algo
Como eu!
Quando terminar algumas doses de wisk com gelo
Quero correr pela chuva, cantarolar para o céu nublado e intenso
Para toda essa misteriosa e envolvente magia
Pergunto-lhe se não posso!
Por que não?
Não poderia eu extravasar alguns sentimentos ocultos e contidos
Gritar ao inexistente um nada que me acompanha
Posso sim!
Me chamarão de louco. Que chamem!
Que se dane toda essa hipocrisia
Essa mentira sincera que absolutamente nos amarra.
Depois de tudo isso vou adormecer,
Quero deitar-me a luz do amanhecer e sonhar
Sonhar com o impossível
Que um dia sei que irá acontecer.